O Taj Mahal
O Taj Mahal

Como consegui conhecer 5 países através da AIESEC Brasil

Olá, eu sou Maria Drumond e vou contar neste post como consegui conhecer 5 países através da AIESEC Brasil (rumo a conhecer bem mais).

Mochilão pela América Latina
Mochilão pela América Latina

O primeiro intercâmbio: Índia!

A ideia de fazer um intercâmbio já era uma vontade bem antiga. Pesquisando pela internet, achei alguns sites e acabei me escrevendo no da AIESEC Brasil, mas achei que não daria em nada. Só achei mesmo, pois dias depois recebi um e-mail marcando uma entrevista comigo.

Eu fui na entrevista, adorei a proposta de intercâmbio deles e já assinei o contrato naquele dia mesmo. Adoro o fato de poder fazer do meu tempo vago um tempo útil na vida de alguém, e isso me cativou no programa Cidadão Global. Eu poderia simplesmente viajar para “turistar” e ficar tranquila, mas sinto que vale mais a pena ”gastar” esse tempo tentando fazer algo de bom na vida de alguém.

O próximo passo era escolher o país, e desde o começo eu soube que queria um desafio. Fiquei entre Tailândia, Índia e Egito, e acabei decidindo pela terra do Taj Mahal.

O Taj Mahal
O Taj Mahal

Quando eu contei que iria para Índia, todos falaram ”você é doida”, mas eu já tinha tomado a minha decisão. Só faltava comprar as passagens e fazer as malas.

Como o voo até a Índia é muito longo e caro, decidi comprar dois voos separados, o que custaria menos e me daria um tempinho para descansar em outro país. O lugar escolhido foi Roma, na Itália. Quando compramos as passagens eu já estava em êxtase. Viajar sozinha, para dois continentes diferentes, fazer um intercâmbio, conhecer duas maravilhas do mundo… eu estava muito ansiosa e feliz!

Dois em um: duas maravilhas do mundo na mesma viagem

Foram mais de cinco meses só falando em Itália e Índia desde o café da manhã até a hora de jantar. Quando faltava um mês, começou a contagem regressiva. E parece que esse último mês antes da partida foi o que mais demorou.

Todos os dias eu revisava novamente as malas para ter certeza de que estava levando tudo.

E eis que chegou o grande dia. Coração a mil; meu voo era noturno; as horas não passavam. Quando cheguei na Itália nem acreditei: era um sonho. O primeiro lugar que quis conhecer foi o Coliseu. Era impressionante, imponente, suntuoso. Eu amei, fui em cada pedacinho dele.

Coliseu
Coliseu

Depois fui passear pela Via del Corso, que é uma rua grande e longa que dá caminho para vários pontos turísticos de Roma, como as Piazzas e a Fontana di Trevi.

Meus dias em Roma foram maravilhosos e, apesar de ter sido pouco tempo, eu amei e aproveitei demais o tempo que estive lá. Consegui conhecer tudo o que eu havia planejado. Agora era hora de partir para a segunda etapa da aventura: a ÍNDIA!

Depois de passar pelos Emirados Árabes, uma escala de sete horas em Bangalore e a bagagem extraviada (que depois foi devolvida!), desembarquei em Goa. Eu simplesmente não conseguia acreditar: eu estava na Índia! Eu pensava na minha vida um ano antes e era inimaginável estar em um lugar como este pouco depois.

Lá é tudo muito diferente do que estamos acostumados, desde as roupas das pessoas até a comida. Foi uma experiência incrível, eu não trocaria por nada.

India: incredible India
India: incredible India

Para conhecer o Taj Mahal foi uma verdadeira aventura! Tive que pegar dois trens, foram mais de 30 horas de viagem, a cama era super desconfortável e eu tinha que ficar de olho na bagagem o tempo todo. Mas no fim tudo valeu a pena.

É maravilhoso, por fora e por dentro, eu estava muito feliz de poder estar lá.

Essa viagem fez crescer em mim a vontade de conhecer o mundo, de ir pro desconhecido, de querer fazer parte do diferente. Viver novas culturas, experimentar comidas novas, voar por aí, colecionar momentos pelo mundo. A Índia mudou alguma coisa dentro de mim.

Mochilão pela América do Sul

Quando voltei desse primeiro intercâmbio, já tinha na cabeça a certeza de que queria fazer outro, e dessa vez pela América do Sul. Eu pensava ”poxa vida, já fui pros EUA, já fui várias vezes pra Europa, fui no Oriente Médio e na Ásia e nunca visitei países vizinhos”. Além disso, queria treinar o meu espanhol.

E dessa vez escolhi mais pelo projeto do que pelo país. Eu passaria seis semanas na Argentina, na periferia de Buenos Aires, fazendo atividades com crianças no contra-turno escolar, no projeto Educarte.

Aproveitei para juntar um dinheirinho e esticar a viagem para Chile e Uruguai. Comprei minha passagem com ida por Santiago e volta por Buenos Aires, e me planejei para ir de barca ao Uruguai no feriado de carnaval. Até hoje eu ainda não tenho palavras suficientes para descrever esse mochilão. Já mais esperta em alguns aspectos, dessa vez fui mais safa em muitas coisas.

Em terras uruguaias
Em terras uruguaias

No Chile consegui visitar todos os lugares que queria, lá tudo fica relativamente perto. Comecei indo ao Parque Metropolitano e subi a pé mesmo até o Cerro Sán Cristobál, a vista panorâmica da cidade vale as quase duas horas de subida. De lá peguei um metrô e fui à Plaza de Armas, Palácio la Moneda, Cerro Santa Lucia e Catedral Metropilitana (só não lembro a ordem certa). Voltei a pé e fiz tudo a pé também. No final da rua em que eu estava hospedada tem um museu chamado La Chascona, mas eu já estava tão cansada quando fui que nem quis entrar.

Passei 3 dias no Chile e peguei um ônibus para Buenos Aires. Foram 24 horas de viagem (mais umas duas horinhas, por conta da imigração e da alfândega) mas eu digo e repito: vale MUITO a pena. A viagem é feita pela Cordilheira dos Andes. Depois de atravessar a fronteira, o ônibus parou em Mendoza e houve uma conexão.

Passei minhas seis semanas na Fundación Cadena, aonde era o meu projeto. Conviver com pessoas de outros países, ter que compartilhar banheiro/cozinha/quarto, ficar sem água na casa às vezes e o calor as vezes irritavam um pouco, mas só de ver os sorrisos daquelas crianças já fazia tudo valer a pena.

Crianças do projeto realizado através da AIESEC Brasil
Crianças do projeto realizado através da AIESEC Brasil

No carnaval, fui pra Punta del Este. Foi o melhor carnaval da minha vida! De lá, fui pra Montevidéu e depois voltei a Buenos Aires.

Viajando sozinha

Eu realmente vejo os benefícios disso tudo no meu dia-a-dia. Agora a vontade de ser uma pessoa melhor e de tentar fazer um mundo melhor cresceu.

Além disso, hoje em dia sou muito mais esforçada para aprender outros idiomas, e a possibilidade de fazer intercâmbio me incentiva a estudar novas línguas. Hoje sou mais autoconfiante. Sei que, se eu fui para a Índia sozinha, não há nada que eu não possa fazer. E, se der medo, a gente vai com medo mesmo assim.

O mundo está aí e a cada dia mais eu tenho vontade de sair andando por ele sem rumo. O mundo é vasto e rico e as lembranças e memórias são nosso maior tesouro. Aonde ele estiver, estará também nosso coração.

Os voluntários do projeto
Os voluntários do projeto

Por Maria Drumond

Maria Drumond é carioca da gema e já fez dois intercâmbios voluntários pela AIESEC, um na Índia em 2014 e outro na Argentina em 2016, sendo as melhores experiências da sua vida. Conhece 8 países; 5 deles visitou sozinha (Itália, Índia, Argentina, Chile e Uruguai) e 3 deles em família (EUA, Portugal e Espanha). É graduanda de Pedagia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Sobre Ju Mostardeiro

Destinos, relatos, dicas, guias gratuitos, séries fotográficas e muito mais. Venha descobrir o mundo com a gente! Por Ju Mostardeiro.

Descubra mais

Colômbia é realismo mágico

Olá, meu nome é Paulo Feitosa e voltei, de Bucaramanga, na Colômbia onde eu fiz …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *