Badwater Basin a mais de 80 metros abaixo do nível do mar

Death Valley: o lugar mais inóspito dos Estados Unidos

Quem visita Las Vegas provavelmente vai querer conhecer alguns dos pontos próximos que atraem turistas e são bem diferentes da própria cidade. O destino mais comum é o Grand Canyon, mas para quem deseja um contato mais a flor da pele com paisagens surreais pode ficar satisfeito, e muito, com o Death Valley.

Death Valley
Death Valley

No auge da corrida do ouro na Califórnia um grupo de pioneiros decidiu, contra a advertência das autoridades, tomar um atalho através dos desertos desconhecidos do Ocidente. Passaram meses tentando cruzar o deserto até que encontraram um oásis, Furnace Creek.

Furnace Creek é hoje o coração do Death Valley, aqui está o único posto de gasolina em milhas e milhas de estrada, um único hotel com restaurante e loja, alguns campings e o entorno mais saboroso do Death Valley. Antes de pensar em conhecer o lugar tenha em mente que você estará adentrando em um mundo hostil, onde as temperaturas podem passar de 50 graus Celsius no verão ou nevar durante o inverno e nunca se esqueça de andar com o tanque do carro sempre cheio, alias a única maneira de conhecer o vale é de carro.

As principais atrações são o Badwater, local mais baixo das Américas e também o mais quente, Zabriskie Point, mirante com trilhas cercado de morros multicoloridos e o Dante’s View, vista panorâmica do deserto de sal. Porém nada se compara a sensação de pequenez de quem se vê em meio as montanhas castanhas escuras. Cercado por elas o vale gigantesco diminui tudo e todos, um espaço tão amplo que fica difícil não refletir sobre a própria existência.

Seguindo a estrada rumo ao norte está Stovepipe Wells onde encontram se as Sand Dunes, dunas com mais de 30 metros de altura.

As dunas de Sand Dunes não são as únicas mas estão mais acessíveis.
As dunas de Sand Dunes não são as únicas mas estão mais acessíveis.

Aqui há outra vila com hotel, camping e posto de combustível. Seguindo mais ao norte existem estradas vicinais que levam a lugares totalmente desertos com vilas abandonadas e canyons onde é possível entrar de carro seguindo o fluxo das águas que formam a estrada, por entre paredes de pedras gigantes.

Titus Canyon, uma experiência única de direção
Titus Canyon, uma experiência única de direção

A grande área do parque requer muitos dias de viagem, porém a paisagem pode se tornar repetitiva, então o melhor é se concentrar nos melhores pontos. Bem ao norte está Scott’s Catle, outro oásis em que foi construído um castelo, hoje aberto há visitação. Aqui estão as famosas rochas que andam, mas chegar até elas não é fácil, pois o caminho é longo e sem asfalto.

As estradas escondes lugares únicos.
As estradas escondes lugares únicos.

Em Furnace Creek está o camping do governo, um dos poucos que se mantém aberto o ano todo. O espaço é demarcado e cada um tem sua própria mesa e churrasqueira, o preço é muito em conta, porém não há chuveiros.

O vento é constante mas nada desesperador, o calor pode ser seu pior inimigo, e no verão andar no vale é impraticável. A composição geografia do Death Valley faz com que suas paisagens se tornem únicas, além de um deserto como estamos acostumados existem dezenas de outras formações, até campos floridos podem ser vistos, mas não se engane, aqui você pode rodar por horas sem encontrar viva alma, para alguns esse encontro com a solidão pode despertar muitos mais do que o esperado e aí é que reside a beleza deste deserto.

Planície de sal no interior do vale.
Planície de sal no interior do vale.

Por Cristian Ferrari

Cristian Ferrari é fundador da Creative Design, empresa localizada em São Paulo, que tem como missão criar peças de identidade visual que reflitam o espírito da sua empresa. Como fotógrafo realizou sua 1ª exposição em 2008, recebendo diversos prêmios desde então pelo seu trabalho. É formado em Turismo pela Universidade Paulista e Técnico em Comunicação Visual pela ETEC Carlos de Campos.

Sobre Ju Mostardeiro

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