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E quando a experiência de trabalho no exterior da errada? Parte II

Bom, como disse no post anterior minha chegada a este desconhecido país do Sudeste Asiático, a Malásia, não poderia ter sido melhor. Mas nem tudo são flores, não é verdade, e o relato deste segundo post vai contar exatamente quando sua experiência de trabalho no exterior vai por água abaixo.

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Estava falando sobre o suporte da AIESEC Malásia, que deu um super help com a questão da moradia, e já contei por aqui que achar um bom apartamento em Cyberjaya, cidade onde morei 5 meses, não foi tarefa fácil. Se quiserem conferir é só dar um pulo no post o aluguel na Malásia (A FRUSTRAÇÃO) e ler sobre a trabalheira que deu.

Voltando ao trabalho. Em 16 de outubro de 2013 iniciei meu estágio em uma startup de tecnologia da informação, que tem o maior portal de e-books do Sudeste Asiático. Uau! É, foi exatamente isso o que pensei quando me apliquei para aquela vaga. Vi ali a grande oportunidade de trabalhar e aprender muito sobre Marketing Digital em uma “puta” empresa. Gostei do site, do conteúdo, da estrutura apresentada e via chances reais de crescimento profissional. Pareceu o “casamento” perfeito, mas logo de cara o primeiro susto, a sede da Startup não era bem exatamente o que estava no site da empresa.

Tudo bem, pensei eu! Podendo desenvolver meu trabalho era o que contava naquele momento. Estava ali para tocar as áreas de marketing e vendas e era responsável pela prospecção de anunciantes para quatro novas revistas digitais. Mas confesso, as primeiras duas semanas foram entediantes e me questionei mil vezes o que estava fazendo naquele lugar. Uma empresa nova, que nunca havia tido um profissional de marketing e vendas até então e, é óbvio, que também não tinha essas áreas desenvolvidas, ou seja, a única coisa que eu tinha em mãos era apenas uma lista com 30 nomes de empresas para as quais eu deveria ligar.

Que desafio, pensei! Mas mesmo sendo desafiador estruturar todo um departamento, eu estava meio que perdida e pela primeira vez na minha vida não sabia exatamente por onde começar. Havia recebido apenas uma pequena explicação sobre o negócio da companhia, a qual metade já havia lido no próprio site. Pensei, pensei, pensei, e como sou uma pessoa extremamente dinâmica e proativa, ficar ali naquela sala, com meia dúzia de programadores sem saber exatamente por onde começar, me frustrava. E assim foram aqueles 15 dias de zero produtividade. Busquei então ler mais sobre o negócio da empresa, pesquisei outras fontes de conhecimento sobre esta área tão nova para mim, e foi aí que em um belo domingo decidi escrever um pequeno projeto para apresentar aos donos da Startup, com uma série de pontos que poderiam ser desenvolvidos e ferramentas que poderiam ser implementadas.

No dia seguinte, chamei eles para trocar aquela ideia. Coloquei o quanto não estava satisfeita com a minha produtividade, o quanto poderia fazer muito mais, o quanto aquela área era nova para mim, apesar de toda uma experiência de trabalho no Brasil; e o quanto eu dependia do feedback deles para saber se, este caminho pensado e colocado no papel, era o que a empresa esperava e buscava para aquele mercado. Esta é uma típica atitude da geração Y. Foi a primeira vez em duas semanas que senti um certo alívio, meus chefes entenderam que não tinham assim tantos recursos e dados para me passar, colocaram que a área era nova e não seria fácil, e então me deram a liberdade para iniciar meu trabalho e perguntar tudo o que fosse preciso.

Eu estava ali para fazer mais do que ligações, estava ali para entender o mercado de revistas digitais em um país onde os negócios não são pensados e decididos como no Brasil. Havia no início também a barreira do idioma, o tempo que o seu ouvido leva para se habituar e entender aquele inglês de sotaque diferente e se habituar com a língua mãe.

E aos poucos comecei a desenvolver meu trabalho. A pequena lista de 30 nomes ganhou corpo e em um mês já tínhamos mais de 200 empresas, divididas de acordo com o público de cada revista e todas as informações necessárias para fazer os contatos e agendar as reuniões, onde então faríamos a venda dos espaços publicitários. Ferramentas foram implementadas e a área parecia caminhar. Mas não caminhava, arrastava-se devido a falta de uma estrutura básica, e o sentimento de frustração permanecia presente. Com uma infraestrutura mínima, tentava realizar diariamente meu trabalho e obviamente que como uma profissional madura procurava sempre meus chefes para compartilhar ideias, dar sugestões e tentar ao máximo fazer com que o resultado viesse logo. Mas não veio.

E foram nessas conversas que tentei explicar que o trabalho deveria ser mensurado pela qualidade do que estava sendo executado e não, tão somente, pela quantidade. Mostrei também todo o trabalho desenvolvido e coloquei o que poderia ser melhorado em termos de estrutura, sem grandes investimentos, de modo que os desejados números aparecessem como, por exemplo, ter um espaço adequado para fazer as ligações solicitadas, que não fosse o sofá da recepção da empresa.

Enfim, das várias vezes que apresentei meu ponto de vista escutei que as considerações eram, realmente, pertinentes. Mas, como uma empresa familiar conduzida por dois irmãos, certo dia escutei de um deles que a empresa não esperava que eu fosse agregar alguma coisa ou trazer algum tipo de resultado, que eu deveria relaxar e viver a experiência do intercâmbio e não colocar tanta pressão em cima dos meus ombros (os comentários relativos ao Brasil, minha beleza e forma de tratamento foram entendidos por mim como cultural e não merecem destaque neste post). Ok! Mas conversa vai, conversa vem, na prática não era bem isso o que acontecia, a pressão existia e a minha ânsia para fazer acontecer só aumentava.

Nesse momento percebi que a solução de dialogar com a empresa para ter a melhor experiência profissional, aplicar meus conhecimentos e aprender muito, talvez já tivesse se esgotado, e após conversar com a AIESEC Brasil, mais especificamente com o comitê responsável por mim, fui orientada a dividir todas as questões com a AIESEC Malásia e a preencher um relatório com todos os detalhes da experiência até então.

Para todos que desejam fazer seus intercâmbios pela AIESEC, aí vai o primeiro grande aprendizado: a AIESEC é sim responsável por você, tanto quem envia, quanto quem recebe o intercambista; e deve trabalhar para que a sua experiência seja completa e oferecer suporte de qualidade quando você precisar. Trata-se muito mais do que um contrato que você tem com a organização; trata-se de uma vida, cheia de sonhos e que busca em um intercâmbio viver a melhor experiência possível, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente.

E lá fui eu em meados de dezembro, mas precisamente dia 9, buscar suporte da AIESEC Malásia, acreditando que talvez a organização pudesse ajudar a melhorar a minha experiência profissional. Na conversa oficial com AIESEC local, dia 14 de dezembro, meu trabalho foi elogiado e ali, em meu apartamento, ficou o comprometimento de que o meu intercâmbio profissional seria, sim, a melhor experiência e que tudo ficaria bem. Na conversa foi enfatizado também que o contrato não poderia ser quebrado, o que nunca foi o meu objetivo. Poucos dias depois, dia 16 de dezembro, a conversa entre a empresa e a AIESEC Malásia aconteceu, mas o feedback não veio. Recebi apenas um resumo de que a empresa estava preocupada comigo, que queria que eu me desenvolvesse e que a experiência se concretizasse.

Uma semana depois, no dia 23 de dezembro, a surpresa. A empresa simplesmente alterou minha job description (descrição do trabalho segundo contrato), o que não pode; renovando meu contrato de experiência por mais 90 dias e colocando que eu estava recebendo uma segunda chance, uma forma da empresa recuperar o investimento que fez pelo pagamento do meu visto. Hey, espera aí! Teria sido esta a solução pensada entre a empresa e a AIESEC Malásia? Naquele momento, eu não acreditei. E todo o investimento que eu fiz? Desde contrato com a AIESEC, documentação, passagem, seguro saúde, aluguel, parte do visto e 5 meses buscando uma boa oportunidade no sistema, alguém pensou nisso?

Naquele momento percebi que não. Percebi o quanto eu era um número que a AIESEC Malásia fazia questão de manter no sistema e o quanto para a empresa eu havia sido um gasto. Percebi também que enquanto a conversa ocorreu entre a empresa e eu, não havia problema algum para a Startup, somente a minha frustração de tentar produzir sem muito sucesso. Mas quando pedi suporte a AIESEC local a coisa mudou de figura. Choque cultural? Concluí que sim, que esse foi o maior choque cultural que experimentei em meu intercâmbio. Nesse momento, milhares de perguntas brotaram em minha mente. O que será que a empresa pensou? Porque mudaram de comportamento após a conversa com a AIESEC? Deveria eu aceitar uma experiência de trabalho ruim em prol somente do fato de viver em uma outra cultura? Deveria eu não ter mostrado iniciativa e proatividade? Não ter compartilhado preocupações e ideias? Não sei. Talvez. Mas naquele momento segui meu coração e meu conselho é: siga sempre seu coração, ele, definitivamente, é seu melhor guia.

Pois bem, não aceitei a mudança de job, pois não havia chegado ali para trabalhar em algo que não fosse na minha área, recusei-me a assinar o papel com tal alteração, levantei da cadeira depois de uma conversa de 5 minutos com meu chefe e fui para casa. Imediatamente, entrei em contato com a AIESEC Brasil e fui orientada a não assinar nenhum documento. Após, procurei a AIESEC Malásia e perguntei se a mudança de job tinha sido uma sugestão deles. Escutei um não um tanto quanto duvidoso. Sugeri então uma reunião conjunta entre eu, a empresa e a AIESEC local, no início do ano (após as festividades), afim de resolver de uma vez por todas esta situação, com o suporte é claro da AIESEC Brasil. E este foi o segundo aprendizado: mantenha a AIESEC do seu país sempre a par do que está acontecendo com você. Não tome decisões por conta e não assine nenhum documento sem o ok da AIESEC do seu país, certo?

E em 3 de janeiro, angustiada, fui para a tal reunião e o resultado foi que a empresa não aceitou ceder, pois para eles a única alternativa era a mudança de job, mesmo a AIESEC Malásia tendo ressaltado que o que eles fizeram comigo tinha sido errado; e que eu não aceitei trabalhar em uma área que não fosse a minha, mesmo a AIESEC Malásia pressionando e colocando que seria uma boa solução para ficar no país. What????? Solução real: a quebra do contrato.

Ali, naquela mesma reunião alinhamos que até dia 16 de janeiro todas as pendências deveriam ser resolvidas, incluindo meu visto de trabalho, que deveria ser cancelado em troca de um visto especial sem a necessidade de sair da Malásia, garantindo dessa forma a minha permanência no país até que fechasse outra vaga, que não fosse ali é claro, pois para a AIESEC local não havia vaga melhor que aquela para mim; e que a empresa ficaria responsável por usar 14 dias do meu salário final para pagamento da taxa de contribuição ao governo. Acredito também que na cabeça da AIESEC local ficou alinhado que, a partir daquele momento, eu não receberia mais nenhum tipo auxílio por parte deles, porque depois daquele dia minha vida virou um se vire nos 30.

Bom, após a reunião, fomos eu e o pessoal da AIESEC em busca de informação sobre o tal visto especial. Pegamos a lista de documentos necessários na imigração de Putrajaya, cidade vizinha a Cyberjaya. Aparentemente tudo ok. Mas adivinhem? No dia em que fui realmente cancelar o visto, descobri que meu caso não era de visto especial, que muito menos poderia ser feito em Putrajaya e que após o cancelamento teria sim de sair do país. Voltei a Cyberjaya e só consegui cancelar meu visto depois de ir a três lugares diferentes. Para completar descobri que para a imigração não havia a necessidade do cancelamento, mesmo tendo finalizado o contrato de trabalho, o que foi uma exigência única e exclusiva da empresa, concluindo que a AIESEC Malásia não tinha informação suficiente para negociar este ponto com a Startup, obrigando-me a sair e voltar para o país entre 16 e 19 de janeiro, e de quebra ser barrada pela imigração da Malásia, que não queria aceitar minha passagem área de volta para o Brasil. Mas consegui resolver e o destino foi a vizinha Cingapura, tudo do meu próprio bolso, é claro.

Cingapura
Cingapura

Não bastasse isso, a AIESEC Malásia decidiu não aceitar a quebra do realized, ou seja, sem a quebra como poderia eu reiniciar o processo de buscas por novas vagas? Para quem não sabe, realized é seu status no sistema e indica que seu intercâmbio está em andamento, e na cabeça deles o intercâmbio deveria acontecer, nem que fosse ali, no My AIESEC, pois eu era a primeira EP daquele comitê. Acredita nisso? Fora que a AIESEC Malásia não cumpriu com a política de oferecer 3 novas vagas para que eu tivesse uma nova oportunidade no país, muito menos me reembolsou de qualquer custo que eu tive a partir do momento em que o contrato foi quebrado com a empresa. O que não considero justo é que a AIESEC Malásia seguiu buscando um novo estagiário para a empresa, mas se negou a me oferecer uma outra oportunidade. Legal né?!

Então, passaram-se semanas sem um posicionamento final sobre meu status no sistema, e virou uma discussão sem fim entre as AIESECs Brasil e Malásia. Um manda relatório dali e questiona relatório daqui, que me obrigou a ser mais dura. Com pouco dinheiro e tempo, iria eu esperar até quando? E a “solução” veio no início de fevereiro. Mesmo sem a quebra oficial do realized, que só aconteceu semanas depois, conseguiram a liberação de um novo form no sistema (currículo) e pude me aplicar para mais de 50 vagas em toda a Ásia, menos na Malásia, pois a AIESEC local não queria que eu permanecesse no país. O objetivo era tentar uma vaga perto para evitar maiores custos. Surgiram então oportunidades no Vietnã, Tailândia, Filipinas, China e Taiwan.

Mas não para por aí, como já contei aqui no blog para alugar um apartamento na Malásia é preciso pagar dois meses de calção e em caso de quebra de contrato você perde o valor. Já havia informado meu flatmate que não ficaria na Malásia, ganhando assim tempo para acharmos alguém para meu lugar, de forma que eu não perdesse esse dinheiro. E só tenho a agradecê-lo, pois além de ter sido super gente boa comigo, aceitou que eu usasse parte da calção para pagar o aluguel do mês de fevereiro e ganhar tempo com as aplicações. Infelizmente, não consegui fechar nenhuma vaga até março, e sem dinheiro para pagar mais um mês de moradia, a estratégia foi deixar as minhas coisas na Malásia e pedir ajuda a um amigo na China, pois o custo de passar um mês na China seria bem menor e de quebra conheceria um outro país.

E lá fui eu, apenas como uma backpack rumo ao gigante Chinês. Mentira, uma backpack e algumas mochilas rsrsrsrs. Lá chegando, segui com as aplicações e entrevistas para as vagas da AIESEC e, é claro, aproveitei para imergir na cultura Chinesa. Em meados de março, já angustiada, pois apesar de estar quase fechando o próximo destino, o Vietnã, eu não tinha mais tempo para obter o visto de trabalho de forma rápida e não fazia ideia de onde iria ficar quando voltasse para a Malásia; inesperadamente outro amigo em Pequim me avisou de uma oferta de trabalho na empresa dele. Naquelas alturas do campeonato, não custava nada investir algumas horas de trem e descobrir que oportunidade seria essa, já que pela AIESEC  já não havia mais tempo hábil mesmo.

Dia 24 de março saí de Pequim “empregada”, uma ótima notícia para quem estava voltando ao Brasil sem ter conseguido fechar a tempo uma nova vaga pela AIESEC. E tudo foi muito rápido. Saí da China no dia 1 de abril com destino a Malásia e no dia 3 já estava a caminho de terras brasileiras.

E AIESEC Malásia? Boa pergunta. Ainda tenho pendências com a organização, como a taxa de contribuição que não foi paga.

E você desistiu da organização? Claro que não. Aqui no Brasil fiz algumas aplicações para AIESEC da América Latina, pois sabe como é a questão de visto de trabalho para a China. Ainda acredito muito na organização e no que puder contribuir estou aqui, aberta para ajudar.

Meu único intuito com estes dois posts foi o de compartilhar a minha experiência, que mesmo dando errado, no final deu tudo certo. Mesmo que eu não volte para a China, deu tudo certo, pois o meu aprendizado diante de uma situação como essas ninguém tira. E para mim, compartilhar experiências é única forma de ajudar outras pessoas, pois não somos iguais. Será que todo mundo agiria da mesma forma que eu? Com certeza não.

Mas uma coisa é certa, vivemos experiências internacionais para fazermos a diferença. Para impactarmos o mundo. Eu fui a mudança que o mundo que ver. Eu saí da minha zona de conforto e fui desbravar um país desconhecido. Eu estava aberta, eu não vivi um sonho qualquer, eu briguei pela melhor experiência da minha vida até o fim, e, sem qualquer dúvida, eu faria tudo de novo!

Por Juliana Paul Mostardeiro

Juliana Paul Mostardeiro é a fundadora do Aqui é Assim, esse website que junta a paixão por viajar com a vontade de aproximar as pessoas deste fantástico mundo que é o de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Atualmente mora em Florianópolis onde trabalha também como Customer Success Manager na Resultados Digitais. Desenvolveu o projeto Jornalismo Cidadão: o voluntariado no aprendizado com à AIDS com pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria nos anos de 2007 e 2008 e foi gerente das Lojas Riachuelo de 2010 à 2013, ingressando na empresa através do Programa de Trainees. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.

Sobre Ju Mostardeiro

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2 Comentários

  1. A Malásia é Blacklist da AIESEC, pelo menos até onde eu sei eles não mandam ninguém pra lá e outros países.

    • Olá Mari,

      Tudo bem?

      Realmente a AIESEC Brasil hoje não recomenda o envio de intercambistas para a Malásia. No entanto, ressalto que esta foi a minha experiência e quando viajei a Malásia não estava na blacklist. O país é fantástico, super recomendo e acredito que a AIESEC Malásia vem trabalhando para oferecer um suporte melhor a todos que desejam passar uma temporada lá.

      Abraços.

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