Terceira parada: The Golden Triangle – Delhi, Agra & Jaipur
Agra
Nessa primeira visita para a Índia fechamos o clássico Triângulo Dourado. Com tantas opções de roteiro, conhecer Kerala e Goa ficaram na vontade e para uma próxima viagem. Então, fizemos um esquema com motorista e guia em cada cidade, para otimizar o tempo. Chegando em Delhi fomos direto para Agra, que fica a cerca de 200 km.
Não há como esconder que a grande atração é o Taj Mahal. Assim, acordamos cedo, por volta das cinco da manhã, para pegar o melhor horário deste grandioso monumento ao amor. O horário é essencial, pois por volta do meio-dia é recorrente uma névoa cobrir a região, atrapalhando a vista e, é claro, as fotos.
DICA: O Taj Mahal é fechado às sextas-feiras.
O passeio com guia compensa, pois descobrimos várias histórias da Índia, além de conhecer os melhores ângulos – por exemplo, uma das laterais, a uma certa altura do sol, quando batem os raios, reluzem as pedras preciosas e semipreciosas utilizadas na construção. Essa homenagem ao amor foi construída por 16 anos e o plano original era construir um prédio igual em preto, do outro lado do rio, conectado por uma ponte dourada. A base da construção chegou a ser iniciada, mas o Rei Shan Jahan foi enclausurado por um de seus filhos no Forte de Agra, não conseguindo terminar o projeto.
Mas além do Taj Mahal, também vale a visita o Baby Taj – em menores dimensões, também surpreende pela delicadeza dos desenhos das pedras semipreciosas e pela arquitetura que serviu de inspiração para a construção do Taj Mahal anos mais tarde. Construído como um mausoléu para os sogros do Rei Shan Jahan, o prédio representou um marco arquitetônico com uso do mármore em pietra dura, já que até então a característica das construções era o arenito vermelho.
Por fim, o Forte de Agra é um passeio também imperdível. Construído na curva do Rio Yamuna, o forte de cor típica avermelhada do arenito, erguido por volta de 1500, com 2 km de extensão e 20 metros de altura, impressiona pela imponência. Foi residência de três imperadores mongóis, cada qual, imprimindo alguma característica sua, ampliando um pouco as edificações. Assim, algo que parece à primeira vista um bloco só, compreende várias épocas e estilos quando se olha os detalhes.
Dentro, além de jardins, uma arquitetura deslumbrante, com influências mongol, hindu e persa, também destaco o “Diwan-i-Am” – Hall das Audiências Públicas, um grande pátio com belas e diferentes colunas. Dentro do forte tem muita coisa para ver, então recomendo pegar um guia, preparar um bom sapato e muita disposição para andar no sol. De lá, uma bela vista para o Taj Mahal – a mesma vista que o Rei enclausurado que o construiu teve até a sua morte.
Agra deixou uma boa impressão no fim das contas. Engana-se quem pensa somente no Taj Mahal, a cidade tem um dinamismo de uma Índia muito peculiar no comércio das ruas, muito além da cidade turística que é.
Na saída, a cerca de 40 km de Agra, a caminho de Jaipur, fizemos ainda uma última parada – o imperdível Fatehpur Sikri, um marco da Era Akbar. Conhecido como Akbar, o Grande, foi o terceiro imperador mongol da Índia, assumiu o trono aos 14 anos e tornou-se um dos maiores líderes do país, responsável pela expansão do império mongol.
Depois da construção do Forte de Agra, com o qual conseguimos perceber semelhanças, começou essa construção, transferindo a capital para Jaipur. A construção foi toda esculpida em pedra e chega por vezes a confundir com madeira, tamanha a perfeição. Grandioso e silencioso ao mesmo tempo, vale a visita ao monumento. Nosso guia explicou que demorou cerca de 15 anos para ser construído e, uma vez finalizado, o imperador viveu um pouco mais de uma década lá, pois, embora tenha planejado várias edificações, colunas e jardins, faltou planejamento quanto ao abastecimento de água – daí ser conhecida como a cidade abandonada.
De lá, seguimos direto para Jaipur, cuja grande atração seria o passeio de elefante, com o sentimento de já ter visto em Agra o monumento mais famoso da Índia, mas a certeza de que o país ainda tem muito mais a proporcionar.
Por Bibiana Camargo
Bibiana Camargo adora viajar e descobrir novos lugares e sabores. Trabalhou na Câmara dos Deputados em Brasília e atualmente mora em São Paulo, onde trabalha no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. É formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Adorei as dicas e as fotos. A Índia é um lugar que eu quero muito conhecer!