Primeira vista de Machu Picchu
Primeira vista de Machu Picchu

Machu Picchu: o maior tesouro arqueológico deixado pelo Império Inca

Vamos falar sobre o Peru? Nosso vizinho e seus 28 milhões de habitantes tem se destacado na economia e no índice IDH nos últimos ano,s deixando muitos companheiros latinos com inveja das suas conquistas. O Peru é um país cheio de histórias incríveis, de onde nasceu e floresceu o maior império da América pré colombiana, que no seu auge ia do sul do Equador ao noroeste da Argentina, estamos falando do império Inca. Sua capital na época era Cuzco, uma cidade que fervilha cultura, beleza e animação.  Mas se vamos falar dos Incas por que não começar por aquele que é considerado o maior tesouro arqueológico deles e um dos lugares mais espetaculares do mundo? Machu Picchu.

Primeira vista de Machu Picchu
Primeira vista de Machu Picchu

Chegar até lá partindo do Brasil é simples, uma escala em Lima e estamos em Cuzco. De Cuzco você tem a opção de fazer a famosa trilha Inca de quatro dias (com variantes) partindo do km 82 da ferrovia Cuzco-Águas Calientes. O chamado Caminho do Sol tem 45 kms e a pernoite é em acampamentos. A trilha sobe incessantemente no segundo dia até 4.200 metros em Warmiwañuska, para depois descer visitando lugares como Runkuraqay, Sayacmarka e Puyupatamarka que são descobertos com olhos atentos até a chegada do último dia em Wynaywayña, onde o caminho é talhado com maestria na montanha, em cujo lado direito está um profundo precipício, por tanto para alguns proibitivo. Assim chegamos a Intipunku “porta do Sol” a 2.650 metros de altitude.

Sempre caminhando a beira do precipício
Sempre caminhando a beira do precipício

Para quem quer fazer outros passeios em Cuzco, não tem preparo para a trilha ou tem pouco tempo, partindo da cidade de Cuzco há um trem que leva de três a quatro horas para chegar ao povoado de Águas Calientes. Neste local há micro-ônibus que saem bem cedo (se quiser visitar Huayna Picchu principalmente) e levam cerca de 30 minutos para chegar a Machu Picchu.

Chegando aos portões todos aguardam a abertura ansiosos. Espere névoa, Sol, chuva, tudo ao mesmo tempo, o que deixa tudo melhor. Os portões se abrem e começa a caminhada por entre a mata, a expectativa aumenta. Não se tem uma vista aberta até determinado ponto, mas de repente, uma curva muda tudo… A vista é tão espetacular que todos param, arregalam os olhos, máquinas à mão, sorrisos extensos… Não há apenas ruínas de uma cidade perdida, há todo um entorno mágico, místico. Estamos a 2.400 metros de onde se avistam outros montes tão altos quanto o Huayna, que pipocam como dedos levantados para o céu.

Lá embaixo um rio circula os montes como um risco de giz, diminuto. A queda é imensa, frio na barriga, ar nos pulmões só com força…nenhuma foto é capaz de traduzir a sensação e a fantástica cena que rodeia este lugar. Agora você está livre para caminhar onde antes existia uma civilização completamente diferente da que você conhece. É fácil se perder entre as ruínas, saborosa sensação de estar completamente livre, onde os deuses daqueles que aqui moravam, felizes viam de perto tamanho capricho.

Vista espetacular do vale
Vista espetacular do vale

Experimente entrar nas casas, ver suas entranhas, seus detalhes, caminhe a beira do precipício e veja construções na escarpa do morro em lugares completamente insanos, sonhe que ali um dia brincavam crianças, se apoiavam velhos em suas bengalas. Existem guias espalhados pelo local que iram lhe contar muitas histórias.

Lhamas são presença constante aqui também
Lhamas são presença constante aqui também

Quem tiver coragem pode “escalar” o Huayna Picchu, isso mesmo, escalar, pois seus degraus são escavadas na pedra em um ângulo nada convidativo, e para além da sua mão esquerda somente os ventos divinos, então tenha certeza pois muita gente acaba descendo se arrastando pelo chão. Em cima do mundo que é o pico do Huayna, se tem uma visão absurda e Machu Picchu fica pequena, tudo a sua volta diminui e você se sente na casa dos deuses, esperando que um sopro deles te leve abaixo, como uma folha seca. Mais o retorno é árduo então desça com cautela e aproveite para descansar no seu lugar favorito (você vai achar um) e aguarde a hora de sair já que por ter um número limitado de pessoas por dia você pode desfrutar do lugar o dia todo.

Se não quiser esperar as vans que descem a estrada, você pode se aventurar por um caminho a pé que corta a estrada, são milhares de degraus de pedra em meio à mata, com certeza poucos virão atrás de você e aqui poderá se sentir um verdadeiro Inca, descendo rumo a Águas Calientes.

Eis o caminho para quem quer subir ou descer a pé
Eis o caminho para quem quer subir ou descer a pé

A vila é charmosa e tem boa infra estrutura, fique um dia para descansar e conhecer as termas e também as redondezas. Depois é hora de voltar ou seguir viagem, no nosso caso voltar a Cuzco, no próximo post, para desvendarmos a capital dos Incas e suas riquezas culturais.

As montanhas não são iguais a nenhum outro lugar
As montanhas não são iguais a nenhum outro lugar

Por Cristian Ferrari

Cristian Ferrari é fundador da Creative Design, empresa localizada em São Paulo, que tem como missão criar peças de identidade visual que reflitam o espírito da sua empresa. Como fotógrafo realizou sua 1ª exposição em 2008, recebendo diversos prêmios desde então pelo seu trabalho. É formado em Turismo pela Universidade Paulista e Técnico em Comunicação Visual pela ETEC Carlos de Campos.

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Sobre Ju Mostardeiro

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