Quarta parada: The Golden Triangle – Delhi, Agra & Jaipur
Jaipur
Considerando o ritmo frenético que estávamos viajando, foi bom pararmos duas noites nessa cidade. Escolhemos o Hilton Jaipur, pois em viagens desse tipo, costumo optar por hotéis de rede. Foi fantástico, além do hotel ser novo e super bem equipado, tinha um restaurante excelente, ótimo café da manhã, e um staff extremamente atencioso.
A primeira atração em Jaipur foi o Amber Fort, com uma pequena parada no Palácio dos Ventos (Palace of Winds), conhecido também por Hawa Mahal – palacete de decoração elaborada, no centro da cidade, utilizado para as moças da sociedade olharem para fora, sem serem vistas. Na frente, a parada foi rápida, pois a atração turística eram as cobras dançando ao som da flauta e diante do meu medo aterrorizante, não consegui chegar muito perto e tratei logo de entrar no carro.
O Amber Fort foi um passeio incrível. Subimos até o topo de elefante, não dá medo e tinha uma vista incrível – com ótimos ângulos para fotos.
Aqui, tem que se ter muito cuidado com duas coisas – primeiro, as pessoas tentando vender coisas enquanto você está em cima do elefante. Os ambulantes são muito, muito insistentes. Então, fica sempre a dica de evitar contato visual – nada mais irritante que alguém gritando atrás de você durante o passeio inteiro. O segundo ponto é em relação aos fotógrafos – verdadeiros paparazzi – vão tirando fotos o trajeto inteiro e quando você chega ao topo, já estão com a foto impressa, tentando te vender. Aqui, a dica também é de evitar posar demais para foto. Na hora da negociação, quanto mais interesse mostrar, mais caro irão te cobrar. Então, discretamente, aproveite o passeio e deixe ser fotografada. Quando chegamos lá, falei que não queria a foto (cobraram um preço muito além do que valia), fizemos o passeio pelo Forte e na saída negociei com ele por um preço bem abaixo do cobrado. Falei para ele que ou ele aceitava ou podia jogar fora.
De lá, fomos ao Jantar Mantar – o observatório astronômico. Essa cidade, na Índia, é bastante esotérica, então a atração combina com a vibe da cidade. Lá, instrumentos foram construídos em tamanho de prédios, de modo que as pessoas vão caminhando e interagindo – dá para ver informações de horas, eclipses, estrelas e os signos.
Esse passeio sem guia não vale a pena, pois é bastante difícil entender o funcionamento dos instrumentos sem orientação. Nosso guia deu alguns pitacos sobre o nosso horóscopo – eu, sagitário, com ascendente também em sagitário – disse que sou competitiva, aventureira e que tenho dificuldade em me comprometer, a free spirit, nas palavras dele. Depois dessa análise, fiquei até curiosa para fazer um mapa astral.
À tardinha, pedimos ao nosso guia para nos levar para comprar lenços e tecidos. Pedimos um lugar com bom custo-benefício e tivemos uma grande surpresa. No meio do caos do Jaipur Bazaar, fomos a uma loja de quatro andares somente de tecidos. Ficamos encantadas. Tecidos de excelente qualidade a ótimos preços. O vendedor nos mostrou que as colchas de lá são encomendadas pelas grandes maisons – Versace, Givenchi, Roberto Cavalli – e vendidas a preços exorbitantes. Como não tínhamos espaço para colchas, ficamos nos lenços e pashminas. O passeio pelo bazaar também foi uma experiência à parte, desviando do caos, multidão, vacas, tuk-tuks – tudo ao mesmo tempo.
Apesar do cansaço, resolvemos sair para jantar, ver a cidade à noite. A opção foi o Peacock Rooftop Restaurant. Escolhemos um prato com diferentes tipos de comida vegetariana e estava uma verdadeira delícia – somado ao clima do lugar, com vista da cidade, acompanhada de uma leve brisa para a noite de Jaipur e ótima despedida até o nosso próximo destino: a Cidade Azul.
Por Bibiana Camargo
Bibiana Camargo adora viajar e descobrir novos lugares e sabores. Trabalhou na Câmara dos Deputados em Brasília e atualmente mora em São Paulo, onde trabalha no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. É formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.