O segundo post da Série Aprendendo Mandarim traz esta semana um pouco sobre os caracteres chineses. Para ficar por dentro do que aprendemos no primeiro post, acesse aqui e veja tudo sobre tons.
Mas o que são os caracteres chineses afinal? São ideogramas utilizados na escrita do Mandarim e outras línguas do leste asiático. Apesar de parecer muito confuso, complicado e difícil em um primeiro momento, todos os caracteres apresentam uma lógica em sua escrita e também no seu significado.
Primeiramente nós precisamos distinguir o que é um radical e o que é um caractere completo. Na foto acima, você consegue visualizar 8 radicais, cada um com seu significado independente. Existem 214 radicais no Mandarim, o que já facilita bastante o aprendizado. Em uma analogia, a lista de radicais é como se fosse a nossa lista de letras, que chamamos de alfabetos.
A partir do momento que você aprende os radicais, você irá conseguir escrever os caracteres completos muito mais facilmente. Muitas vezes, fica até mais fácil entender o significado daquele caractere também (porém envolve um pouco de conhecimento de cultura chinesa, então nesse momento tente só memorizar o significado dos caracteres).
Podemos combinar vários radicais, inclusive repetindo os mesmos radicais, como podemos ver nos exemplos abaixo, também do Chineasy:
Agora imagino que você já entende tudo sobre radicais e como começar a escrever caracteres! Então, agora eu quero falar algumas curiosidades. Você notou que eu coloquei dois radicais para a palavra “Dragão” acima? Um dos caracteres é em Chinês Tradicional e outro em Chinês Simplificado.
Atualmente somente Taiwan e Hong Kong utilizam caracteres em Chinês Tradicional. Países como China, Cingapura, Malásia e outros, utilizam o Chinês Simplificado. Os caracteres de Mandarim sempre evoluíram e mudaram bastante com o tempo, e esta última mudança foi em 1952. Para que o governo chinês conseguisse melhorar o sistema acadêmico do país e fosse capaz de ensinar de maneira mais rápida e fácil sua língua à sua população, eles simplificaram vários radicais, impactando cerca de 1.000 caracteres.
Como eu estudei mandarim em Taiwan, eu aprendi a ler e escrever o Chinês Tradicional. Porém quando visitei a China, em cerca de 3 dias eu já estava acostumado e conseguia também ler os caracteres do Chinês Simplificado.
Bom, é isso. O post de hoje foi bem extenso, mas eu espero que você tenha gostado. Deixa eu saber nos comentários o que você achou desse post, pois assim posso melhorar essa série para deixar mais interessante e divertida.
Por Marcus Vinícius de Carvalho
Marcus Vinícius de Carvalho foi selecionado para trabalhar na Diretoria da AIESEC no Brasil 2015.2016 na área de Gestão da Informação. Entrou na AIESEC em Brasília em 2008, graduou-se em Engenharia da Computação no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) em 2010, fez um intercâmbio profissional de 2011 à 2013 em Taiwan através da AIESEC e teve a oportunidade de viajar por alguns países do sudeste asiático como Cingapura, Japão, China e Coreia do Sul para conferências e a lazer. Após o término do seu intercâmbio, continuou em Taiwan para a realização de um mestrado em Engenharia Elétrica e da Computação na Universidade NCTU, onde também foi o presidente da Associação de Estudantes Internacionais.