Como tirar o visto de turismo para China fora do Brasil

Visto para China? A combinação perfeita de três palavras que ultimamente remetem a uma pilhas de documentos, burocracia, tempo e paciência.

Mas o visto de turismo para China foi bem mais fácil de conseguir fora do Brasil do que eu imaginava; claro que, sempre com um pequeno processo para a obtenção do mesmo, esse que não deve ser muito diferente do solicitado em terras brasileiras.

Bom, antes de explicar o processo, vale ressaltar que você tem três opções de vistos de turismo para o país. O primeiro e mais comum é o visto para turismo (tipo L) que exige, além do passaporte original (com validade mínima de seis meses) e cópia, o comprovante aéreo de entrada e saída do país, a reserva de hotel, o preenchimento do formulário on-line, que deve ser impresso e assinado, foto 3×4 (em fundo branco e tamanho 48mm x 33mm ) e o pagamento da taxa (se for aprovado).

Tipos de visto para China

No meu caso, por ter um amigo trabalhando no país o visto é o para visitar amigos ou conhecidos (tipo S1 para estadias superiores a 180 dias e tipo S2 para estadias inferiores a 180 dias, meu caso). A aplicação para este tipo de visto exige, além do passaporte original (com validade mínima de seis meses) e cópia; a apresentação de uma carta convite de seu amigo ou familiar, contendo nome completo, nacionalidade, gênero, data de nascimento, número do passaporte, endereço residencial e telefone de contato de ambas as partes, além do período que você vai ficar no país, lugares a visitar e razão da viagem, Para garantir solicitei ao meu amigo que a carta contivesse ainda o endereço de trabalho dele. Além disso, uma cópia do passaporte da pessoa que irá lhe receber no país e o ID card se for cidadão Chinês; mais o preenchimento do formulário on-line, que deve ser impresso e assinado, foto 3×4 (em fundo branco e tamanho 48mm x 33mm ) e o pagamento da taxa (se for aprovado). Não é necessário neste caso apresentar ticket aéreo ou reserva de hotel.

O último tipo é para visitar e conhecer a China, tipos Q1 e Q2 (tipo Q1 para estadias superiores a 180 dias e tipo Q2 para estadias inferiores a 180 dias). Este é bem semelhante ao anterior, mas fica mais restrito a familiares de cidadãos chineses ou de estrangeiros com residência permanente na China, que pretendem ficar um longo prazo no país em virtude de cerimônias, reuniões familiares, e afins. A lista de documentos básica é a mesma, mas com certeza este tipo de visto de exigir uma documentação extra. Infelizmente, mesmo através de pesquisas e consultas a sites especializados eu não consegui a lista completa de documentos para este tipo de visto.

Quanto ao processo posso dizer que foi bem simples.

Após preencher on-line o formulário (https://www.visaforchina.org/), imprimir, assinar, tirar a foto no tamanho e fundo solicitados e juntar com as demais documentações descritas acima para cada tipo de visto; basta ir ao Centro de Serviços, nos dias e horários de atendimento ao público, e solicitar o visto Chinês.

OBS: no formulário você coloca quantas entradas você deseja no país.

Pronto. Uma entrevista será agendada na Embaixada da China em data e horário pré-agendados. Você receberá um bilhete que deve ser apresentado no dia na entrevista. Aqui na Malásia essa parte foi rápida, cerca de 10 minutos, e durante a conversa apenas precisei explicar que estava indo visitar um amigo no país e aproveitaria para viajar durante um mês. Quanto as entradas coloquei que gostaria de aproveitar para conhecer Hong Kong, pois é perto da cidade onde meu amigo mora. Na hora, você é informado a data que pode retirar o visto.

E dois dias depois, lá estava ele o visto tipo S2, com duas entradas no país pronto. O processo levou ao todo 4 dias úteis e a taxa foi de 255 ringgit, ou seja, R$181, 56. Mas a taxa varia de acordo com o tipo de visto solicitado e a quantidade de entradas.

Aí foi só arrumar as malas.

Por Juliana Paul Mostardeiro

Juliana Paul Mostardeiro é a fundadora do Aqui é Assim, esse website que junta a paixão por viajar com a vontade de aproximar as pessoas deste fantástico mundo que é o de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Atualmente mora em Florianópolis onde trabalha também como Customer Success Manager na Resultados Digitais. Desenvolveu o projeto Jornalismo Cidadão: o voluntariado no aprendizado com à AIDS com pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria nos anos de 2007 e 2008 e foi gerente das Lojas Riachuelo de 2010 à 2013, ingressando na empresa através do Programa de Trainees. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.