E quando a experiência de trabalho no exterior da errada | Aqui é Assim
E quando a experiência de trabalho no exterior da errada

E quando a experiência de trabalho no exterior da errada? Parte I

Antes de começar a contar sobre a minha experiência de trabalho lá fora, você lembra o que é a AIESEC? Então deixa eu explicar, pois foi através desta organização que acabei parando lá do outro lado do mundo. A AIESEC é a uma rede global, com mais de 65 anos, formadas por jovens que impactam o mundo através do desenvolvimento de experiências de liderança, por meio de estágios internacionais e experiências de voluntariado, promovendo um ambiente global de aprendizado em mais de 124 países e territórios. Lembrou agora né? Então vamos lá!

O processo entre você contatar a organização, entender como funciona, ver se preenche os pré-requisitos, fazer uma avaliação, receber o ok, assinar contrato, buscar vagas no sistema e, finalmente, encontrar o tão sonhado estágio leva em média de 3 a 6 meses. Dependendo do país, esse tempo cai para apenas 4 semanas. É o caso de países como a Índia que hoje é quem mais recebe intercambistas no mundo, devido ao grande número de oportunidades que abrem por lá.

Durante o processo de busca de vagas, você passa meses escolhendo entre as mais diversas oportunidades no sistema da AIESEC, onde estão cadastrados empresas e intercambistas, o My AIESEC; aplicando para as vagas, decidindo sobre qual o país você gostaria de morar pelo próximo ano, escolhendo a “melhor empresa”, “a melhor job”, e um salário adequado ao custo de vida de cada país; para dar errado? Isso mesmo. Dar errado. E pode acontecer sim, mesmo após todo um alinhamento com a AIESEC do país que irá lhe receber e a entrevista com a empresa.

Você pode atravessar o mundo e, depois de mais de 80 aplicações, em 4 continentes, inúmeras entrevistas e apenas UMA escolha; descobrir que ops! não é bem isso, não é bem isso com o que eu sonhei. Exato! Descobrir que a job não era exatamente o que você estava buscando em termos de desenvolvimento profissional. E foi justamente o que aconteceu comigo.

O post de hoje é exatamente sobre isso. E quando a experiência de trabalho no exterior dá errada, o que fazer em uma situação essa?

Primeiramente, sonho com um intercâmbio desde os meus 15 anos, quando era voluntária do AFS (American Field Service). Nunca tive condições de realizá-lo até agora, 15 anos depois. Então, a expectativa sempre foi muito alta e por isso dediquei cinco meses em busca de um país que atendesse as minhas necessidades, desde uma boa job para desenvolver minhas competências além, é claro, de toda a vivência em um país diferente e da imersão em uma outra cultura.

E porque a Malásia? Bom, meu objetivo era morar na Ásia, mais especificamente na China. Queria um país completamente diferente do meu e o gigante Chinês chamava a minha atenção pelas histórias vividas de um amigo por lá. Busquei, busquei, busquei; mas as vagas na China não eram, assim, tão atrativas para a minha área. E quase fechei uma vaga por lá, na província de Hunan, mas naquela época, mais precisamente em julho de 2013, foi todo aquele burburinho por conta da mudança na lei para obtenção do visto de trabalho no país. Nem a AIESEC China sabia ainda como proceder e então decidi buscar a minha oportunidade em outras terras. Mas uma coisa estava certa na minha cabeça, queria Ásia, e aí fui descobrindo aos poucos cada país do Continente Asiático, até cair na Malásia.

Malásia
Malásia

E me encantei! A paixão pelo país do Sudeste Asiático foi imediata. Paixão essa pela diversidade cultural do país, devido a mistura entre malaios, chineses e indianos; pelo delicioso clima sempre quente, pelo bom inglês, afinal a Malásia tornou-se independente da Inglaterra pouco mais de 60 anos; e também pelo fato de ser central, o que me possibilitaria conhecer facilmente outros países, E, então, apliquei para todas as vagas que haviam na época. Poucas, umas 6 somente. E o famoso Match (casamento entre o intercambista e a empresa) aconteceu após receber o Ok da AIESEC Malásia e de fazer a entrevista com a empresa.

E aí foi arrumar as malas, comprar passagem, seguro saúde, fazer a carteira internacional de febre amarela e dar entrada no visto.

Cheguei na Malásia no dia 12 de outubro de 2013, totalmente aberta para aprender e viver aquela experiência, empolgada com o país e com o que havia lido sobre a empresa. E o suporte da AIESEC local não poderia ter sido melhor, desde minha recepção no aeroporto, host para ficar nos primeiros dias, tour pela cidade, ajuda para buscar um lugar para morar pelo próximo ano e até apresentação para a empresa no primeiro dia de trabalho. Até aí foi PERFEITO!

AIESEC Malásia
AIESEC Malásia

Uma pausa para o break? Hora de tomar um fôlego que vem mais por aí. E quando a experiência de trabalho no exterior da errada? continua no próximo post!

Por Juliana Paul Mostardeiro

Juliana Paul Mostardeiro é a fundadora do Aqui é Assim, esse website que junta a paixão por viajar com a vontade de aproximar as pessoas deste fantástico mundo que é o de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Atualmente mora em Florianópolis onde trabalha também como Customer Success Manager na Resultados Digitais. Desenvolveu o projeto Jornalismo Cidadão: o voluntariado no aprendizado com à AIDS com pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria nos anos de 2007 e 2008 e foi gerente das Lojas Riachuelo de 2010 à 2013, ingressando na empresa através do Programa de Trainees. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.

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  1. Gente, até tava interessada na história, mas se você coloca um título desses, não termine com um ‘continua no próximo capítulo’. Funciona com novela, mas com um blog não. A não ser que você estivesse vivendo isso agora e claro, só poderia contar o próximo capitulo após vivê-lo. Mas já ter vivido e ficar picando a história pra conseguir mais leitores (ou não, pode ser que você cansou por hoje e amanhã tem mais) não é legal. De verdade, você escreve super bem, mas cortou o meu barato. Estou procurando vagas pela AIESEC e para a ASIA tbm, mas poxa… #chateada.

    • Juliana Mostardeiro

      Olá Sylvia,
      Tudo bem?
      Então, eu entendo completamente o seu ponto de vista, mas por ser um relato longo se publicasse na íntegra, muito provavelmente ninguém leria até o final. E o título é bem claro ao citar Parte I. É uma experiência rica e cheia de detalhes, que não tem como objetivo ganhar leitores, e sim fazer com que ela realmente seja absorvida por quem deseja fazer um intercâmbio. Fique a vontade para terminar de ler esta história, ou não, mas o blog tem vários outros relatos de diversos países asiáticos. Abraços!

    • Pedro Bacchini

      Concordo com Sylvia desanimador.

      • Juliana Mostardeiro

        Olá Pedro,
        Tudo bem?
        Respeitamos a opinião de vocês e esperamos que também possam respeitar a do blog que optou por dividir o post em duas partes, única e exclusivamente para não tornar a leitura cansativa. Fique a vontade para seguir a leitura da segunda parte que será postada hoje, ou não. Abraços.

  2. Cecilia da Cruz Gonçalves

    Ola! Amiga amada…estou gostando muito do teu blog…nossa! viajo junto com vc…fico imaginado tudo…bjss!!!

    • Juliana Mostardeiro

      Olá Cecília,
      Bom saber que anda acompanhando as minhas aventuras por aí. Fico feliz pelo seu carinho sempre. Beijo grande!

  3. Também concordo com a Sylvia, com um título desse tinha que pelo menos falar o que nao deu certo mesmo, ainda que nao fosse cheio de detalhes ou que publicasse outro post depois dando os detalhes .. Eu ai para a Romenia e deu tudo errado . E agora nao vou poder mais fazer meu 2o intercambio com a AIESEC .. muito descaso .

    • Juliana Mostardeiro

      Olá Michele,
      Tudo bem?
      A segunda parte será publicada hoje. Como já respondi outros leitores o objetivo de fazer em duas partes foi o de justamente não tornar a leitura cansativa. Entendo a ansiedade por informação, mas calma. Sinto muito pela sua experiência de trabalho também não ter dado certo. Não sei qual foi a sua situação, mas recomendo que busque suporte do seu comitê no Brasil. No que puder ajudar, estou aqui. Abraços.

      • No meu caso não deu certo mesmo e estou voltando para o Brasil. Obrigada pelo apoio. 🙂

        • Juliana Mostardeiro

          Olá Michelle,

          Tudo bem?

          Uma pena que não tenha dado certo. Se precisar de alguma coisa, nós do Aqui é Assim, estamos aqui justamente para apoiar e orientar no que pudermos, de acordo com as experiências que tivemos.

          Abs

  4. Oi Juliana. Li e gostei muito do seu segundo post. Muita coisa parecida aconteceu comigo. Obrigada por escrever sobre sua experiencia

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