Estocolmo: a Veneza do Norte
Estocolmo: a Veneza do Norte

Estocolmo: a Veneza do norte

Passeando pela cidade, não fica difícil de perceber os motivos pelos quais a cidade é considerada “a Veneza do Norte”. Belíssima, conectada por suas 14 ilhas, Estocolmo, ainda mais em um dia ensolarado, é uma cidade encantadora. Foi uma agradável a caminhada saindo da elegante região de Östermalm em direção ao Kungliga Slottet, o Palácio Real na ilha de Stadsholmen.

Estocolmo: a Veneza do Norte
Estocolmo: a Veneza do Norte

O Palácio Real, com cortes retos, impressiona pela dimensão, com mais de 600 cômodos, divididos em sete andares. Uma das fachadas fica ao lado do cais, passando por uma rampa, até chegar a um espaço aberto. No momento em que passei por lá, bem na subida, estavam realizando a troca de guardas. Uma marcha firme, ao som de alguns gritos igualmente firmes. Pela tradução dos locais, fiquei sabendo que se tratava de um sueco arcaico, no qual os guardas que estavam saindo da vigília informavam que as fronteiras estavam seguras. Bem menos pomposa que a famosa troca de guarda inglesa, mas igualmente curiosa, a troca foi relativamente rápida. Minha amiga informou que nos meses de verão costumam fazer um desfile por algumas ruas até chegar ao Palácio.

O Palácio Real
O Palácio Real

De lá, próximo destino foi explorar Gamla Stan, o centro antigo da cidade. Ao redor da Praça principal – Stortorget – encontramos casas antigas coloridas, do século XVII, em ruas somente para pedestres, cheias de personalidade, mas que infelizmente, hoje em dia, abrigam em sua maioria lojas de souvenir. No local também encontramos restaurantes super charmosos, muitos italianos, perfeitos para uma pausa para o almoço.

Dentre os passeios, além do recomendado Vasa Museu, gostei bastante do Nordiska Museet. Nesse último, além de uma exibição temporária de moda, contando a história das listras (que adorei), na época em que fui aproveitei muito também o áudio guide que explicava os costumes, vestuário e móveis, além de te chamar a atenção para as obras dentro do prédio.

Nordiska Museet
Nordiska Museet

Bem próximo do Nordiska Museet, fica uma outra atração bem bacana, um museu-zoológico a céu aberto, chamado Skansen. Além de contar a história a partir das casas típicas (que foram literalmente transportadas de vários lugares do país para lá), em algumas, inclusive, pode-se visitar o interior, em casas preparadas com réplicas de comidas típicas e atores preparados para explicar sobre os costumes suecos de antigamente. Os animais também valem a visita, alguns andando soltos pelo parque, como o pavão que encontramos ao longo da caminhada. Do alto do parque, uma vista da cidade e alguns pontos de alimentação – momento para apreciar o hot dog, servido com Coleslaw (uma espécie de salada de repolho) e uma Carlsberg.

Museu-zoológico a céu aberto, chamado Skansen
Museu-zoológico a céu aberto, chamado Skansen

Um outro passeio que, embora mais afastado das demais atrações, valeu  muito a visita foi o Fotografiska. Além do prédio que chama a atenção, as exposições de fotografia são muito bacanas. Para fechar o programa, não dá para perder o café situado no último andar do Museu. Linda vista da cidade e ótimo lugar para um “fika”.

Vista do caminho para o museu
Vista do caminho para o museu

A noite de Estocolmo costuma ser agitada. Assim como a Noruega, as bebidas são normalmente caras, mas mesmo assim, o pessoal costuma consumir bastante. Extremamente populares também são os bares com jogos – tanto o curling de mesa, quanto bocha e dardos.  E por falar em noite, fica a dica da região de Södermalm, no sul da cidade, mais especificamente na Rua Mariatorget. Reduto hipster-bohemian da cidade, reúne um grande número de bares descolados para todos os preços e gostos. No campo da culinária, destaque para as comidas típicas. Num dos dias, fomos ao Kvarnen provar comida clássica sueca e tive uma grata surpresa com a carne de rena, servida com lingonberry. Deliciosa!

Estocolmo reúne um grande número de bares descolados
Estocolmo reúne um grande número de bares descolados

Finalmente, como última dica, muitas cidadezinhas nos arredores de Estocolmo podem ser facilmente visitadas por trem. Passei alguns dias, a convite de minha amiga, em Sandviken – cidade conhecida por ser a sede da Sandvik, empresa sueca de ferramentas, mineração e construção. Parece que a cidade, de um pouco mais de 20 mil habitantes, gira em torno da empresa, responsável por empregar direta ou indiretamente maior parte da população.

Além de ver como as pessoas  vivem no interior, fizemos um passeio delicioso em uma ilha do pai da minha amiga. Como a região possui muitos arquipélagos, é relativamente comum as famílias terem uma casa de descanso na beira dos lagos ou em ilhas. Lá, além de um lindo dia de sol, usufruímos da culinária sueca preparada pelo pai dela que é chef. Só de lembrar das panquecas sendo preparadas com bacon – servida com geleia de lingonberry – dá água na boca. Aliás, essa geleia é praticamente um coringa da culinária sueca, sendo servida com praticamente todos os pratos. Não muito doce, nem enjoativa, harmoniza muito bem com os sabores, com um dia de sol na beira do lago e com o modo sueco de encarar a vida.

 Por Bibiana Camargo

Bibiana Camargo adora viajar e descobrir novos lugares e sabores. Trabalhou na Câmara dos Deputados em Brasília e atualmente mora em São Paulo, onde trabalha no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. É formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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