Aqui é Assim Um blog para compartilhar as aventuras de uma vida
Localizada no estado de Nevada a mítica cidade no meio do deserto desperta a curiosidade desde a sua concepção em 1905. Antes de ser Americana era Mexicana, anexada como tantos outros pedaços das terras gringas. Foi um local de passagem para Salt Lake City e Los Angeles e em 1931 o jogo foi legalizado.
O primeiro hotel data de 1946, o Flamingo Hotel, em Downtown, hoje o centro velho. Parte do DNA da cidade e de sua fama vem diretamente da máfia que controlou os jogos por muito tempo. Essa característica parece ter sido passada as gerações futuras e a áurea de cidade libertina ainda prossegue.
Destino de milhares de turistas a cidade pode ser definida como o templo do consumismo em todos os sentidos, aqui tudo está a venda. Não há nada que o dinheiro não faça em Las Vegas, andar de helicóptero, andar de Ferrari, atirar com fuzil, saltar de mirante, jogar loucamente, beber indefinidamente, frequentar lugares luxuosos, desfilar em shoppings com roupa de banho, participar de festas a beira de piscinas, participar de festas nos cassinos, fazer a festa em Strip Clubs, etc … A lista não é pequena e a conta também não.
As vistas de um viajante de massa tudo isso pode parecer excitante, mas para parte daqueles que usam a cidade como base para conhecer os inúmeros parques naturais da região, a procura de integração em estilo rústico, alguns dias podem parecer eternos. Esqueça qualquer tipo de relação cultural, histórica ou mesmo natural, aqui o que interessa é diversão. Tudo é falso, das decorações kirstch aos seios das dançarinas, passando pela ilusão incessante de se dar bem nos cassinos.
Os mega cassinos são sem dúvida a principal atração da cidade, dentro deles cidades inteiras pulsam com suas decorações “quanto mais melhor”. Shows acontecem todos os dias, de todos os tipos. Pode-se entrar e sair deles a vontade e alguns possuem uma linha de trens interligando-os. Hospedar-se em um deles não sai tão caro como pode parecer e Las Vegas possui tantas vagas de hotel que um hostel pode sair por $ 7 enquanto um super quarto chega a $ 1.000.
Toda infinidade de compras pode ser encontrada, mas os grandes outlets ficam ao redor do centro, onde rodovias cortam a cidade loucamente, em um entroncamento alucinante para Paulista nenhum botar defeito, porém muito mais organizado do que pode parecer.
Para se locomover na cidade há os táxis (caros e tabelados e com lugares específicos para embarque), os ônibus (confortáveis cruzam toda cidade e usam bilhetes vendidos em máquinas nas ruas) e a pé (apenas para determinadas áreas em vista das grandes distâncias). Os quarteirões são imensos e dependendo da época do ano o sol pode ser implacável, acompanhado de uma secura do ar e do pó do deserto fazem criaturas tropicais e sua narinas sofrerem.
Recomendado para tipos específicos de viajantes a cidade transborda brasileiros e gente do mundo inteiro se mistura aqui. O interesse em conhecer este caldeirão libertino multi racial pode ser genuíno do ponto de vista de um turista, mas não esqueça que aqui tudo não passa de imagem pré fabricada e para vivenciar esta experiência é necessário entrar na dança e manter a mente na fantasia criada para diverti-lo a qualquer custo e com isso arrancar-lhe mais um punhado de dólares do bolso.
Por Cristian Ferrari
Cristian Ferrari é fundador da Creative Design, empresa localizada em São Paulo, que tem como missão criar peças de identidade visual que reflitam o espírito da sua empresa. Como fotógrafo realizou sua 1ª exposição em 2008, recebendo diversos prêmios desde então pelo seu trabalho. É formado em Turismo pela Universidade Paulista e Técnico em Comunicação Visual pela ETEC Carlos de Campos.
