Maceió: Caribe Brasileiro
Maceió: Caribe Brasileiro

Maceió: o Caribe Brasileiro

A viagem para Maceió foi um marco na minha vida. Depois de tantas perdas e mudanças nos últimos dois anos, esta foi a primeira viagem que eu fiz, completamente, sozinha. E escolhi a semana do meu aniversário para realizá-la.

Eu, que amo tanto viajar, tinha um único objetivo com ela: reconectar 100% com a minha essência. Um momento para terminar de me reencontrar e me despertar completamente para este novo ciclo da minha vida.

Neste post do Aqui é Assim, vou contar como foi a minha experiência no famoso Caribe Brasileiro, os setes dias em terras Alagoanas, como me organizei entre dias de passeios e dias de descanso, além de dicas, custos da cidade e muito mais.

Bora conferir como foi a minha aventura neste post!

Maceió: Caribe Brasileiro
Maceió: Caribe Brasileiro

O planejamento

Eu costumo fazer o planejamento completo de todas as minhas viagens, mas como esta foi a minha primeira viagem sozinha depois de muitos anos, eu confesso que o medo de viajar e a ansiedade me fizeram pegar um grande atalho: entrei na CVC e comprei um pacote!

Peguei um sábado e fui, determinada a fazer esta viagem acontecer, a uma unidade da CVC aqui em Florianópolis. Acho que eu não teria ido, se não fosse assim e foi a melhor coisa que eu fiz. Eu precisava que alguém organizasse a viagem para mim. Meu único esforço seria arrumar a mala e ir. E foi bem assim.

Entrei na agência e falei que queria um destino brasileiro especial. Tinha uma semana de férias e queria comemorar o meu aniversário de forma diferente. A princípio eu fui pensando nos Lençóis Maranhenses, mas a agente falou que outubro não é a melhor época do ano para conhecer o lugar. Ela sugeriu Maceió, no Alagoas. Conhecia quase todas as capitais do nordeste, menos Maceió. Aceitei a sugestão. 

Fechei as passagens aéreas, o traslado hotel aeroporto de chegada e saída de Maceió, hospedagem na beira mar da Praia de Ponta Verde e mais 3 passeios. O resto decidi fechar na viagem mesmo. Na ocasião eu optei por não fechar o seguro viagem, já que comprei com meu cartão black da Visa que tem um monte de benefícios. 

DICA! Se for viajar pela CVC deixe para fechar todos os passeios na cidade, pois é mais barato. Eu paguei 233,00 por 3 passeios, enquanto direto com os guias, 4 passeios saía por 180,00. Feche o traslado com a CVC, que é feito pela mesma empresa parceira que faz os passeios. Quando pegarem você no aeroporto para levar até o hotel, o pessoal da empresa já vai entregar um folder com os passeios e explicar como tudo funciona. 

Saí da agência com tudo pronto, ou quase. Agora não tinha mais volta. Era ir ou ir.

Mas como sempre, organizei a viagem nesta planilha e usei o Trip Advisor para ver as principais recomendações de passeios, dicas, restaurantes, etc, para organizar os demais dias pela cidade.

Orla de Ponta Verde
Orla de Ponta Verde

A semana da viagem

A semana que antecede toda e qualquer viagem para mim é sempre de muita ansiedade e acho que sempre será. Eu sou ansiosa, fim! 

Comecei a arrumar a mala uma semana antes e terminei um dia antes de viajar, acreditem! Eu sempre levo mais roupa do que o necessário e passo a semana inteira tirando e colocando peça na mala. Acho que preciso de uma consultoria de combinação de looks para viagem, rsrsrsrs. E entre tirar e colocar roupa, consegui levar 20 kg considerando tudo e olha que, pela primeira vez usei quase todas as peças que levei.

Além disso, tem os meninos, meus 3 gatos que ficam na Hospedagem Bigodinhos quando viajo. Um hotel especializado em cuidados de gatos e coelhos. A hospedagem tem diferentes tamanhos de gatil, que atendem a diferentes necessidades, além de todo o carinho e suporte diários. A escolha do melhor gatil vai depender sempre do número de pets e da quantidade de dias da viagem. Eu sempre pego o maior gatil, pois os meninos têm muita energia. Ao todo, eles ficaram 20 dias na hospedagem e foi bem tranquilo. Ah! e eu sempre aproveito as viagens para verificar anti pulgas, vermífugo, vacinas e tosa. Tudo feito na hospedagem.

Um dia antes de viajar, eles já vão, pois é uma grande função ajeitar tudo. Tem ração, sachê, brinquedos, caixa de areia, areia, fonte d’água, documentos, cobertor; um mundo de coisas para que eles fiquem bem. Afinal, depois de Maceió fiquei apenas dois dias em Florianópolis e já viajei para São Paulo a trabalho.

Depois que eles foram, organizei o Ap, terminei as malas e deixei reservado o uber, já que meu voo era às 6h. Ainda deu tempo de malhar, nadar e passar na esteticista para preparar a pele para o sol escaldante do Nordeste. Só quem tem melasma sabe como é.

Maceió no Alagoas
Maceió no Alagoas

A viagem

Tudo pronto!

Chegou o dia da viagem. Dormi? Não, não dormi. Consegui tirar um cochilo de duas horas antes do despertador tocar. 

Levantei às 3h, tomei banho, me arrumei e 40 minutos depois o uber estava aqui. 04h10 já estava no aeroporto. Fiz check-in dois dias antes, então era só despachar a bagagem. Voei pela Gol. O trecho Floripa/São Paulo foi bem tranquilo. Para Maceió o voo atrasou uns 20 minutos, mas às 12h30 já estava em terras Alagoanas. 

Malas ok! Saindo na área de desembarque já tem o pessoal da CVC direcionando para os receptivos. Esperamos um pouco até que todos os voos chegassem e depois fomos rumo aos hotéis. Eu estava um pouco impaciente aqui, mas não havia dormido, então tudo bem.

No trajeto aeroporto-hotel, que leva mais ou menos 1 hora, o guia explicou sobre todos os passeios disponíveis. A princípio eu iria comemorar o aniversário em Ponta Verde mesmo, mas o guia colocou que no domingo a orla enche muito por conta do passe livre de ônibus e que não costuma ser legal. Decidi então conhecer a Praia do Gunga no domingo. Além disso, acabei fechando mais um passeio para São Miguel dos Milagres, além dos 3 que já havia fechado com a CVC e paguei mais R$74.00.

Chegando no Hotel Ponta Verde, tinha muita gente na recepção. Meu quarto, que era para ser liberado às 14h, só ficou pronto às 15h. Achei bem ruim, mas deu tudo certo.

Vista do quarto
Vista do quarto

Tomei um bom banho, coloquei uma roupa confortável e um tênis e parti para conhecer a orla da Praia de Ponta Verde.

Maceió: definitivamente um paraíso tropical no Brasil

Maceió, a capital de Alagoas, é considerada o Caribe Brasileiro. E não é por nada não, suas praias paradisíacas, de águas mornas, cristalinas, com suas piscinas naturais, falésias e coqueirais formam cenários de tirar o fôlego. Além disso, a gastronomia local é um convite para quem gosta de pratos à base de frutos do mar e ingredientes regionais. 

A capital Alagoense ocupa uma área de 509,320 km2. É o município mais populoso de Alagoas, com 957.916 habitantes e integra, com outros dez municípios alagoanos, a Região Metropolitana de Maceió, totalizando cerca de 1,3 milhão de habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,721, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas.

A cidade tem uma temperatura média anual entre 26 a 30 graus e a melhor época para visitar é durante o período da seca, entre os meses de maio e setembro. É uma capital que oferece opções para todos os gostos, desde praias tranquilas para relaxar até atividades mais agitadas como mergulho e trilhas; e conta com uma ampla variedade de hotéis e pousadas capazes de atender a todos os bolsos.

Ao todo, foram 7 dias na capital, divididos entre dias de passeio e dias de descanso. Organizei os passeios da seguinte forma:

  • Dia 1: Chegada a Maceió e passeio pela Orla da praia de Ponta Verde e Pajuçara
  • Dia 2: Aniversário na Praia do Gunga
  • Dia 3: São Miguel dos Milagres
  • Dia 4: Dia de descanso na Praia da Ponta Verde
  • Dia 5: Sonho Verde
  • Dia 6: Maragogi
  • Dia 7: Dia de descanso na Praia da Ponta Verde
  • Dia 8: Retorno a Floripa
Caribe Brasileiro: Maceió
Caribe Brasileiro: Maceió

Dia 1˚ Praia de Ponta Verde e Pajuçara

Depois de deixar as coisas no quarto e tomar um bom banho, coloquei uma roupa bem confortável e fui caminhar na orla da Praia de Ponta Verde.

Perguntei na recepção por indicação de restaurante para almoçar, recomendaram o Barricadas perto do hotel. Caminhei uns 300 metros, achei o restaurante e pedi um prato. Confesso que não gostei muito do sabor da comida e apesar da indicação, eu não recomendo este restaurante. Ao longo da semana descobri outros fantásticos e com um custo benefício muito melhor, que vou relatar ao longo do post.

Depois de almoçar decidi caminhar pela orla no sentido Ponta Verde-Pajuçara. A orla é linda, limpa, segura e iluminada. Ao longo dela existem vários bares, restaurantes, mercados e pontos turísticos como o Farol da Ponta Verde, a Praça dos Namorados, a Feira de Artesanato de Pajuçara, a Cadeira Gigante e as piscinas naturais com seus passeios tanto diurnos quanto noturnos.

Caminhei cerca de 5km e aproveitei para observar a vida local, a beleza da cidade, suas comidas típicas e o jeito das pessoas de levarem a vida ali. Ao retornar, passei em um supermercado para comprar alguns itens, como água por exemplo, para deixar no frigobar do hotel em caso de necessidade.

Cheguei no hotel em torno de umas 19h e decidi jantar no restaurante do mesmo. Paguei R$79.90 no buffet livre, que estava bem gostoso. Hora de dormir, que o segundo dia já tem passeio pra comemorar o aniversário.

Dia 2˚ Praia do Gunga

Feliz aniversário pra mimmmmmmmmmm!

Dormir cedo para acordar bem cedo também. 5h30 já estava em pé.

Em todo o Nordeste amanhece super cedo, 4h30 já começa a clarear, assim como escurece cedo também, 17h já está quase noite.

Me arrumei e desci às 6h para o café da manhã, que é muito gostoso. Tem muita variedade, muita opção. Foi difícil controlar a vontade de comer tudo nestes dias. 

DICA! Passei por um constrangimento no dia do meu aniversário. Fui de bíquini e pareo amarrado na cintura para o café. A moça me abordou super mal, nem bom dia me deu, só olhou e falou “você não pode tomar café da manhã de biquíni.”  Amarrei o pareo como vestido e segui meu café. Não seria isso que iria atrapalhar o meu dia, não é mesmo?! Aqui a recepção deixou muito a desejar por conta do volume de pessoas chegando no sábado. Não recebi nenhuma orientação, apenas a chave do quarto, uma pulseira e o cartão de toalhas e nada mais. Entendo a questão do volume de turistas, mas também penso que eles são especialistas em receber pessoas em alta temporada, vivem disso, logo poderiam treinar melhor a equipe para os hóspedes não passarem por situações indelicadas assim. Enfim! Eu gostei do hotel, mas não recomendo a experiência e não voltaria nele. Tiveram outros pontos ao longo da estadia que me incomodaram e conto ao longo do post.

07h15 o ônibus da CVC iria nos pegar na recepção do hotel e, pontualmente, eu estava lá esperando. O horário dos passeios é definido de acordo com a localização dos hotéis e a direção do passeio destino. Fomos uma das últimas paradas da CVC para pegar os hóspedes, pois o passeio iria em direção ao Sul da cidade.

A Praia do Gunga é um verdadeiro paraíso e fica localizada a cerca de 30 km da capital. O trajeto leva mais ou menos 50 minutos e o lugar te presenteia com falésias coloridas, coqueiros, dunas e piscinas naturais.

Falésias do Gunga
Falésias do Gunga

Durante o trajeto o guia explica como funciona o local, passeios, almoço e horário para retorno. 

DICA! Os valores dos passeios que mencionei no início do post são referentes ao deslocamento hotel + local do passeio + guia; todos os outros passeios como Catamarã, buggy, Jipe, fotos, etc. são pagos à parte. Em quase todos os passeios, eu escolhi uma ou duas opções extras para conhecer os lugares e explorar a beleza local. Valeu muito a pena. Eu paguei tudo com cartão ou pix, pois os guias ajudam neste momento, já que tem passeios que só aceitam dinheiro. Se você gosta de levar uns trocos, leva alguns na carteira (R$250.00 por pessoa é mais que suficiente para pagar os passeios, já que muitos tem oferta combo).

Chegando no local, o guia foi retirar os ingressos dos passeios e depois deixamos as coisas nas mesas do restaurante. Eu sempre deixo na mesa em que fica o guia, por ser muito seguro. Em Natal e Fortaleza fiz a mesma coisa e nunca tive problema. O nosso guia do dia foi o Eloy, um dos melhores na minha opinião.

Ali na mesa, comecei a observar as pessoas, já que os passeios geralmente levam trios ou quartetos. Como estava sozinha, queria encontrar companhia. Deu dois minutos e fiz amizade com a Edna e a Patrícia, amizade que seguiu a viagem toda! Antes de sair para o passeio, já pedimos o almoço e agendamos o horário para servi-lo, pois costuma ser muita gente ao mesmo tempo no retorno dos passeios.

O passeio deste dia foi buggy + catamarã e saiu R$130,00 por pessoa. 

Iniciamos no buggy. Fomos eu, Edna, Patricia. O visual do passeio de buggy é simplesmente divinnooooooo. O buggy passa pelo maior coqueiral de Maceió, que fica na Fazenda Gunga. O buggy nos leva até a região das falésias coloridas. É indescritível a beleza do lugar. Ali paramos na entrada das falésias para fotos e depois em uma lagoa de água doce para nos refrescar. 

DICA! Atenção com os passeios em buggy. Eu acabei não me segurando direito e bati a unha do dedo do pé. Tomei um sustinho pois sangrou bastante, mas depois passou. Então se for fazer fotos e vídeos peça para ir no meio das 3 pessoas para conforto e maior segurança.

Na volta, seguimos no passeio de Catamarã, que nos leva no meio do mar a uma região cheia de conchas para relaxar, passando pela casa de um famoso alagoano, Djavan. O passeio teve direito a muita música boa e parabéns para você para a maravilhosa aqui.

Assim que retornamos dos passeios, fomos para o restaurante almoçar. O prato demorou um pouco, pois o garçom se enrolou com o nosso pedido, já que eu havia feito um pedido para uma pessoa, mas assim que fiz amizade alterei para um prato para 3 pessoas. Demorou, mas o prato chegou e estava uma delícia. Pagamos R$135.00 no peixe ao molho de camarão para 3 pessoas. Pedimos uma salada adicional (38,00) e a famosa cocada com sorvete (33,00) e ainda ganhei uma sobremesa de aniversário!

Aproveitamos e fizemos compras na feirinha local. Achei duas bolsas feitas a mão maravilhosas, difíceis de se achar em Floripa por um valor justo. Comprei!

Voltamos para o hotel, tomamos banho e saímos para jantar. Caminhamos pela orla até achar um restaurante que atendesse às 3. Paramos em um bem famoso na orla, Lopana, pedi um prato de salmão que estava maravilhoso para fechar este aniversário mais que especial. Paguei R$141,66 considerando jantar e bebidas.

Voltamos para o hotel, pedi água quente para fazer um chá (sempre levo meus chás nas viagens, gosto de tomar antes de dormir pois ajuda na digestão e no sono) e hora de dormir que amanhã o passeio é para São Miguel dos Milagres.

Dia 3˚ Milagres

Acordei um pouco mais cedo para este passeio, às 5h20, pois às 06h50 o ônibus passaria para nos pegar. Tomei café e no horário era para eu estar na recepção, mas a porta do meu quarto não abriu para pegar as minhas coisas e até resolver atrasei o passeio de todos em 15 minutos.

Neste dia fomos em direção ao litoral norte. O trajeto até a pequena vila de pescadores de São Miguel dos Milagres é muito demorado. Levou mais ou menos 2h30 até chegar no local. Chegamos quase 10h e acabei desistindo do passeio de buggy que tinha no dia, pois queria curtir a praia e me estressei com a demora para chegar na vila.

São Miguel dos Milagres é um destino cada vez mais procurado pelos turistas. Com praias desertas, águas cristalinas e uma atmosfera tranquila. Milagres é ideal para quem busca descanso e contato com a natureza.

São Miguel dos Milagres
São Miguel dos Milagres

E foi o que fiz, curti a praia de São Miguel. Aproveitei o mar, a areia e catei conchinhas na beira da praia para fazer um enfeite para minha casa. Sendo muito sincera, eu esperava um pouco mais desta praia. Não sei se porque o dia estava nublado ou a maré subiu cedo, mas não foi a praia mais linda que já vi. Além disso, apesar de bem legal o lugar para se passar o dia, achei a comida cara e pouco saborosa. Paguei R$81,00 por um prato de carne de sol com batatas rústicas. Além do prato vir com pouca carne, a batata estava com gosto de velha e no meio do meu almoço me interromperam para perguntar como estava a comida. Não gostei da experiência em si. Total para apenas uma pessoa R$137,50 (refeição, mais coquetel de R$36,00 e uma água com gás por R$8.00).

Esta foi a experiência que menos gostei de todas. Recomendo ir conhecer, mas sem grandes expectativas.

Os retornos dos passeios são sempre às 15h e neste dia chegamos quase 18h no hotel, por conta da distância.

Tomei banho e saímos para jantar, fomos comer tapioca perto do hotel mesmo, pois estávamos cansadas. Aproveitei e experimentei a tapioca com coco, nunca havia provado e achei uma delícia!

Dia 4˚ Praia da Ponta Verde

A manhã do quarto dia foi para aproveitar um dos cartões postais da cidade. A orla de Ponta Verde é perfeita, extensa, limpa, linda e com muitas opções de bares, restaurantes e hotéis. 

Aproveitei a manhã para praticar esporte. Acordei bem cedo, por volta das 5h e fui correr na orla. Pratico atividade física desde meus 14 anos e com o sonho de conhecer o mundo, manter a frequência dos treinos sempre foi um desafio para mim, por conta das modalidades que praticava. Há um ano voltei para a academia, comecei natação e voltei a correr. Modalidades mais flexíveis a este estilo de vida que contempla muitas viagens ao longo do ano.

Treino feito com sucesso, bora hidratar com uma boa água de coco. Boa e barata. O coco aqui varia de 5 a 7 reais. 7h da manhã já tinha corrido, bebido água de coco e estava pronta para voltar para o hotel e tomar café, quando avistei o farol com a água bem rasa.

Quando a maré baixa é possível caminhar até o farol. Não pensei duas vezes, vi a oportunidade e fui. Molhei todo o tênis, mas valeu muito a pena. Realmente fica bem rasinho e é possível entrar mar adentro. Na volta ao hotel, encontrei Edna e Patrícia no café da manhã e recomendei a ida ao farol.

Enquanto elas foram conhecer, eu aproveitei para tomar um bom café da manhã. Por volta das 11h busquei um lugar ao sol na orla mesmo, onde passei o dia. Às meninas chegaram pouco depois. Ficamos na praia até uma 16h.

Café da manhã no Hotel Ponta Verde
Café da manhã no Hotel Ponta Verde

Voltamos para o hotel, nos arrumamos e fomos às compras das lembrancinhas. Andamos por toda a orla até chegar na Feira de Pajuçara, onde nos esbaldamos. Depois de fazermos as comprinhas fomos jantar em um dos mais badalados restaurantes de Maceió: o Janga. O ambiente, o clima, a comida e o atendimento são muito bons e os pratos comparados com outros lugares não são caros. Pagamos R$134,00 o Risoto de Camarão, complementamos com o Camarão Jangadeiro (79,00) e a Salada Janga (49,00). Pedi o Janga Colada (32,00) e as meninas pediram chopp (12,90). Tudo uma delícia! 

DICA! O Janga é um restaurante bem famoso. O ideal é reservar a mesa ou chegar cedo. Sempre tem fila de espera e o ambiente pede um look mais arrumado.

Voltamos a pé pela orla. Cheguei no hotel, pedi meu chá e fui dormir que tem mais passeio.

Dia 5˚ Praia do Sonho Verde

Acordei às 05h20, me arrumei para tomar café e às 07h10 estava pronta na recepção do hotel. Localizada em Paripueira, litoral norte, a Praia do Sonho Verde é famosa por suas piscinas naturais. 

Foi umas das praias que mais amei! Ela é simplesmente divina. Este dia tivemos o passeio de jipe (R$70,00). O jipão leva a gente até um mirante que dá vista a Praia do Carro Quebrado. Paguei R$20,00 para subir no mirante e valeu cada centavo, pois a vista lá de cima é de tirar o fôlego.

Anauê Resort
Anauê Resort

O jipão depois desce até a praia, que é simplesmente fantásticaaaaaaaaa! Ficaria o dia todo ali com muita tranquilidade. Tem um quiosque para quem quer curtir o dia, comer e beber alguma coisa. Ficamos uns 30 minutos e, particularmente, achei pouco tempo para curtir a beleza local.

Retornamos e curtimos o resto do dia na estrutura no Anauê Resort, que fica à beira da praia. O local tem uma infraestrutura para visitantes maravilhosa, com banheiros, sorveteria, áreas de descanso com redes, piscina e um restaurante maravilhoso de mesmo nome, o Anauê. Ele é bem famoso pelo seu camarão no abacaxi, que decidimos experimentar. Uma verdadeira delícia! Super bem servido. O prato para 3 pessoas saiu por R$125,00. Pedimos uma salada e uma jarra de suco. Tudo saiu por R$216.70. De todos os restaurantes que fomos, este foi o melhor, mais saboroso e com preço mais justo.

Foi um dos lugares que mais gostei nessa semana que passei em Maceió. Deu para fazer o passeio e curtir o local. Em todo o Nordeste, é bem comum os locais possuírem infraestrutura neste nível para os turistas. A praia estava uma delícia neste dia e o lugar rendeu fotos paradisíacas.

Ao retornar para o hotel, tomei um banho e decidi ficar pelo hotel mesmo, enquanto Edna e Patrícia foram conhecer um bar na região. Fui na mesma barraca de tapioca e pedi para comer no quarto do hotel. Aproveitei e comprei uma pimenta em garrafa (R$60,00) para meu pai na barraquinha, enquanto esperava. Ali o rapaz mencionou algo sobre umas luminárias diferentes que me chamaram bastante atenção. Peguei o contato para negociar. O rapaz foi bem atencioso, mas me enviou 10 áudios nesta noite sobre a tal luminária depois que enviei um oi no whatsapp e infelizmente tive que cortar a conversa, pois queria dormir mais cedo, afinal o dia seguinte seria Maragogi, um dos passeios mais esperados da viagem. 

Dia 6˚ Maragogi

A cerca de 120 km de Maceió, Maragogi é conhecida como o “Caribe Brasileiro”. As piscinas naturais de Maragogi são um dos principais atrativos da região, com águas cristalinas e uma grande variedade de peixes.

Maragogi é o passeio que mais exige dos turistas, pois para pegar a maré baixa é necessário acordar bem cedo. Nós saímos do hotel às 05h10 para se ter uma ideia, ou seja, às 4h da manhã eu já estava em pé. Fomos sem café da manhã mesmo, eu comi apenas uma barrinha de proteína.

Maragogi
Maragogi

Ao longo do trajeto a guia explicou sobre os passeios, custo, além de dar dicas do local. Esta para mim é uma das grandes vantagens de se viajar com agência. Como eles conhecem tudo, os guias passam uma boa noção de como aproveitar bem o local, mas é claro que sempre vão estimular que você deixe seu suado dinheiro ali. Então sempre vale um filtro em cima de tudo o que é dito, ok!

Pagamos R$195.00 pelo passeio de lancha até às piscinas naturais mais buggy. Como já havia mencionado, o valor que pagamos pelos passeios é pelo deslocamento mais o guia. Os passeios em si são a parte e são opcionais também. Mas no Nordeste, se não for pra fazer os passeios adicionais, não vale a pena ir.

DICA! Reserve R$250,00 por pessoa para cada dia de passeio em Maceió, mais R$250,00 de refeição, considerando almoço e janta, pois infelizmente, não é barato. Poderia ser, mas não é. Minha crítica aqui é que viajar no Brasil é muito mais caro que viajar para o exterior. O pensamento está em fazer dinheiro em cima do turista, ao invés de pensar no turismo como um todo. Não é à toa que muita gente conhece o mundo e não conhece o nosso próprio país.

Chegamos na praia por volta das 07h30, deixamos as coisas em uma mesa e saímos de barco rumo às piscinas naturais de Maragogi. Morei durante 1 ano em Recife, há 10 anos, e não tinha conseguido visitar Maragogi na época. A maré estava há 0.3, com água na cintura. O lugar é realmente lindo com suas piscinas naturais de corais no meio do mar, água quente e cristalina. Confesso que imaginava a água um pouco mais baixa e azulada (as fotos ficaram melhor que a experiência no local). Não sei se demoramos muito para sair de barco, mas vi que outros barcos foram mais mar adentro. Enfim, esperava um pouco mais, mas foi lindo mesmo assim.

Piscinas naturais de Maragogi
Piscinas naturais de Maragogi

Uma coisa que me incomodou um pouco foi um dos guias locais. Pensa em uma pessoa que está sempre gritando em volta dos turistas “venham fazer fotos, venham fazer isso, não percam, não isso, não aquilo”. Eu gosto de poder contemplar a beleza local, portanto preso por silêncio para poder contemplar a vida e já tenho o hábito de fazer minhas próprias fotos por isso. Em todo o lugar que esse guia estava, o silêncio não era algo possível, ele estava o tempo todo gritando, querendo empurrar alguma coisa para turista comprar; e de novo entra a minha crítica aqui de só pensarem em fazer dinheiro em cima do turista, ao invés de pensar no turismo como um todo.

Ficamos em torno de 1 hora nas piscinas naturais. Ao retornar já fomos para o passeio de buggy com parada em 3 outras praias, cada uma mais linda que a outra. Paramos na Praia do Antônio, onde tomamos uma água de coco e tivemos 30 minutos para aproveitar; Praia de Burgalhau, onde tirei fotos e fiz um vídeo de drone incrível por R$100.00, e Praia da Barra Grande onde fica o Caminho de Moisés mas, infelizmente, a Maré já estava alta quando chegamos e o caminho já estava encoberto pela água. Ao todo o passeio de buggy levou 1h30. Quando retornamos, fomos almoçar e neste dia o almoço era buffet livre. Foi uma delícia e particularmente achei muito mais fácil e rápido assim. 

Retornamos do passeio às 14h30. Chegamos no hotel passado das 17h. À noite fomos jantar em outro restaurante famoso, o Imperador dos Camarões. Pedimos a famosa chicletada e mais uma massa com camarões. Achamos uma delícia e o preço bem justo e similar ao Janga.

Voltamos a pé pela Orla e tiramos fotos na famosa cadeira gigante da cidade.

Antes de dormir, pedi água para fazer meu chá. Este foi outro ponto que não gostei no restaurante. Toda a vez que liguei para o restaurante senti as pessoas sempre com má vontade em atender aos pedidos. Mais uma vez o hotel deixou a desejar neste sentido e por isso não recomendo a hospedagem nele. Pode parecer pequeno e apesar destes detalhes não terem estragado a viagem, eu valorizo o dinheiro que deixo em cada cidade que conheço.

Dia 7˚ Praia da Ponta Verde

A sexta-feira, penúltimo dia em Maceió, foi dia de aproveitar mais um pouco da orla de Ponta Verde. Iniciei o dia com uma corrida de 5KM, tomei água de coco, café e depois fui curtir o dia na praia. Edna e Patrícia foram fazer outro passeio. À noite nos encontramos e fomos à Feirinha de Artesanato de Pajuçara comprar as últimas lembrancinhas. Paramos ali perto para comer tapioca e confesso que não gostei. Fomos abordadas por umas 5 pessoas, sempre pedindo alguma coisa. Eu nunca me importo em ajudar, mas me importo sim quando a pessoa pede dinheiro e quando eu não dou ela fica de cara amarrada como se fosse minha responsabilidade. Eu nunca dou dinheiro na rua, posso dar comida, alimento, mas dinheiro não. Então, não aconselho fazer refeição perto da feira de artesanato.

Corrida na orla
Corrida na orla

Fechamos a sexta em um bar famosinho da orla, o Kanoa Beach Bar. Tomamos um drink e pouco depois começou a chover muito, comprometendo um pouco a experiência já que o local é a céu aberto.

Dia 8˚ Retorno

Dia de voltar! Acordei bem cedo para caminhar no mar e dar aquele último mergulho em Maceió.

Tomei café e às 12h fiz o checkout. No momento de fazer checkout preste atenção, eles incluem uma taxa de turismo que eu decidi não pagar, afinal eu deixei bastante dinheiro na cidade. Me fizeram preencher um formulário de não pagamento da taxa. Achei um absurdo.

O transfer me pegou no hotel às 13h10. Neste dia me senti um pouco mal, estava ansiosa e a pressão subiu, acho que exagerei no café preto, mas bebi bastante água ao longo da tarde e o mal estar foi passando. Meu voo saiu de Maceió às 16h40, fiz escala no Galeão, e cheguei em Floripa às 21h. 

Cheguei em casa com saudades dos dias incríveis que vivi em Maceió, aquele vazio sabe que só quem ama viajar sabe como é e que deixa aquele gostinho de bora planejar a próxima aventura!

Maceió: minha experiência foi incrível
Maceió: minha experiência foi incrível

Por Juliana Paul Mostardeiro

Juliana Paul Mostardeiro é a fundadora do Aqui é Assim, esse blog que junta a paixão por viajar com a vontade de aproximar as pessoas deste fantástico mundo que é o de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Atualmente mora em Florianópolis onde trabalha também como Gerente de Customer Success na RD Station

Desenvolveu o projeto Jornalismo Cidadão: o voluntariado no aprendizado com à AIDS com pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria nos anos de 2007 e 2008 e foi gerente das Lojas Riachuelo de 2010 à 2013, ingressando na empresa através do Programa de Trainees. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria, especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera e, atualmente, está cursando MBA em Liderança Exponencial pelo BBI Of Chicago. Para saber mais, clique aqui.

Sobre Ju Mostardeiro

Destinos, relatos, dicas, guias gratuitos, séries fotográficas e muito mais. Venha descobrir o mundo com a gente! Por Ju Mostardeiro.

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