Pier da cidade de Panajachel, em frente ao Lago Atitlan

Guatemala X Brasil: por que voltar foi tão difícil?

Olá, meu nome é Thais Gervásio e voltei da Guatemala, onde estava realizando meu intercâmbio social através da AIESEC Belo Horizonte.

Plaza Central em Tikal (Cidade onde existem as ruínas da Civilização Maia)
Plaza Central em Tikal (Cidade onde existem as ruínas da Civilização Maia)

Vou tentar resumir um pouco do que foi a minha viagem para vocês. Viajei com uma amiga e desde o momento que acertamos os detalhes já sabíamos que seria um experiência inesquecível. O pouco que conhecíamos da Guatemala já nos encantava e as pessoas, sempre tão amáveis, nos deixavam ansiosas para chegar.

A Guatemala e o projeto

Durante os quase dois meses que fiquei no país, ele não cansou de me surpreender com suas cores, sua gente, seus costumes, sua culinária, sua história, sua tradição, sua beleza natural… Eram tantas coisas que até criamos o termo “fator Uau!” para todas as vezes que perdemos o fôlego com alguma coisa que víamos por lá.

Sou muito grata por tudo que vivi. Como disse, fui para fazer trabalho social e tinha a missão de tocar um projeto para mulheres que viviam reclusas (a maioria) em um Albergue um por terem sofrido algum tipo de Violência em casa. Vivendo no extremo de um intercâmbio, tendo que lidar com os meus sentimentos confusos e ainda sim buscar ser a minha melhor versão para outras pessoas é o tipo de coisa muda sua forma de pensar e agir.

Lá eu morava sozinha. Seria solitário, se não fosse pela Ju, minha amiga, ou pelos amigos do mundo todo que fizemos na casa onde morávamos. Isso abriu minha cabeça para o tanto que o mundo é grande e cheio de possibilidades. A gente até sabe disso, mas uma coisa é saber outra é ver na prática.

Ter de fato vivido uma cultura diferente foi maravilhoso. Conviver com meus novos amigos da Guate, participar um pouco da rotina do meu professor de espanhol e da sua esposa significava começar a pensar como um local, ou “Chapín”, mas esta é uma mudança que não é transitória. Sinceramente enquanto estava lá isso não me preocupou muito, pelo contrário. Só queria aproveitar. Mas quando cheguei de volta no Brasil, isso foi a chave para o meu choque cultural reverso.

A volta para o Brasil

Sabe quando parece que tudo mudou? Que nada está do jeito que você deixou? Pois é! Exatamente assim que me senti! Meio aqui, meio lá, a única certeza que eu tinha é que não pertencia a lugar nenhum. E isso desencadeou uma certa agonia, um sentimento de vazio, que mesmo consciente que ele poderia existir (obrigada, AIESEC!) eu não tinha ânimo para sair de lá.

Já se passaram quase 3 meses desde que voltei. E graças aos meus amigos (daqui e de lá), aos meus pais e rotina que eu reformulei para aproveitar e potencializar tudo que aprendi e vivi nos últimos meses eu finalmente estou de volta! E com certeza, melhor!

Sobre o que mudou, agora olho meu país e enxergo suas falhas mas também as oportunidades de mudança. Consigo vê-lo como turista e me deixo surpreender mas principalmente, quando olho como “brasileira da silva” me sinto ainda mais responsável pelo país que eu quero ver. Sou jovem, sei que ainda tenho mais muitas coisas para ver e viver, espero que tenham muitas viagens no meu caminho e que cada uma delas seja transformadora a ponto de eu sempre poder me questionar voltei, e agora?!

Do alto do vulcão San Pedro (3020 mts)
Do alto do vulcão San Pedro (3020 mts)

Por Thais Gervásio

Thais Gervásio de Brito é alumnus da AIESEC in Belo Horizonte. Ingressou na organização em Julho de 2013, na área de desenvolvimento de liderança da organização. Fez seu intercâmbio em janeiro de 2015, após o fim da sua experiência como vice-presidente de Marketing do escritório local em 2014. Voltou em Março de 2015 e agora se prepara para um intercâmbio profissional na Índia. É graduada em publicidade e pós graduada em redes sociais e gestão de marketing digital.

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