Uma das atividades religiosas do projeto era a de acompanhar as crianças na mesquitaUma das atividades religiosas do projeto era a de acompanhar as crianças na mesquita
Uma das atividades religiosas do projeto era a de acompanhar as crianças na mesquita

Índia e Malásia: dois países asiáticos incríveis que valem muito a pena conhecer

Olá, meu nome é Victor Verdú e voltei da Ásia (Índia e Malásia) onde realizei meus dois intercâmbios sociais pela AIESEC Goiânia.

Na imagem acima visita a um Templo Sikh na cidade de Nova Deli, Índia
Na imagem acima visita a um Templo Sikh na cidade de Nova Deli, Índia

Entre 2014 e início 2015 decidi fazer meu intercâmbio pela AIESEC, sair pelo mundo em busca de algo novo em uma experiência única, impactante e de choque cultural. Minha maior vontade era de ir para a Ásia e essa seria a minha primeira viagem ao exterior.

No momento em que estava programando meu intercâmbio para a Índia, na cidade de Nova Deli, vi que era possível realizar um segundo projeto em um outro país, e foi quando escolhi a Malásia na cidade de Johor Bahru, para que fosse minha segunda experiência de voluntariado. Ao todo foram quase 4 meses no exterior como um peregrino, em que pude não só aprender com o trabalho voluntário, mas também com o convívio com diversas pessoas ao longo do caminho.

mapa índia e malásia

Porque a Índia?

Muitas coisas se passavam pela minha cabeça quando escolhi a Índia para realizar o meu primeiro intercâmbio. Confesso que de início tive medo de encarar a realidade de um país completamente diferente do meu, o que me motivava ainda mais para viver essa experiência. Um país de cultura muito forte e rica, algo que tinha de ser lidado.

Tive de me adaptar a um novo estilo de vida em relação à higiene, animais nas ruas (vacas principalmente), trânsito extremamente caótico e comida muito apimentada. Viajei nos dias de folga do projeto, conheci lugares incríveis como o Taj Mahal, o Templo de Ouro em Amritsar, a cidade de Jaipur com seu passeio de elefante e o famoso Rio Ganges em Varanasi.

Mesmo com todo o contraste que me deparei, o país é muito seguro, não vi casos de roubo e nem acidentes de carro. As discussões no trânsito começavam e logo acabavam, como se as pessoas pensassem que não tinham tempo a perder brigando em uma rua ou em um cruzamento. Confesso que me apaixonei pelo país e tenho vontade de voltar um dia e explorar novos lugares. Foi uma experiência muito boa, bem impactante, rica culturalmente e aconselho para todo mundo, vale muito a pena!

O projeto na Índia

O projeto em que trabalhei se chamava Caste Away: A social prejudice (Abaixo Castas: Um preconceito social). O trabalho foi desenvolvido em uma pequena escola (Dream Land School) no subúrbio de Nova Deli, capital do país. Meu trabalho consistia em ministrar aulas de inglês, matemática, direitos humanos, ensinar uma pouco sobre a cultura brasileira, além de auxiliar os professores no dia a dia da escola. A escola era dedicada a crianças de baixa renda, filhas de Dalits excluídas pelo sistema de castas indiano (hoje proibido por lei), mas ainda assim grande parte da população sofre com as consequências do preconceito.

Minha acomodação na Índia foi em Hostel onde moravam outros intercâmbistas. Dividia o apartamento com mais sete pessoas, incluindo brasileiros, e durante os dias em que permaneci na cidade tive a ajuda e companhia não só de brasileiros, como de intercâmbistas de países como Indonésia, China, Colômbia, Egito, Líbano, Turquia, Quênia e de outras nacionalidades. Saíamos muito para os principais lugares da cidade como templos, memoriais, pontos turísticos, baladas em (Hauz Kauz) e restaurantes.

Jantar em um restaurante Afegão em Nova Deli com outros brasileiros na minha despedida da Índia
Jantar em um restaurante Afegão em Nova Deli com outros brasileiros na minha despedida da Índia

Malásia: meu segundo projeto-destino

Ao término do meu intercâmbio na Índia peguei o voo direto para a Malásia, um país localizado no Sudeste Asiático, entre Cingapura, Tailândia e Indonésia.

Vários fatores influenciaram para que eu escolhesse a Malásia como meu segundo país, dentre eles toda a riqueza do país, um autentico mix cultural devido a sua composição étnica formada por muçulmanos, chineses, indianos e uma pequena parcela de estrangeiros.

Templo Batu Cave em Kuala Lumpur, capital da Malásia
Templo Batu Cave em Kuala Lumpur, capital da Malásia

O projeto na Malásia

O meu projeto no país foi em um orfanato muçulmano que se chama Rumah Amal Raudhatul Maryam (Casa de Maria), localizado na região metropolitana de Johor Bahru que fica próximo a cidade-estado de Cingapura. Tal projeto era dedicado a crianças de baixa renda, com idade de 5 a 16 anos, e o meu trabalho consistia em acompanhá-las no dia-a-dia, como em atividades religiosas na mesquita, nas aulas de reforço em disciplinas como inglês, matemática; e o melhor que era de acompanhar os menores no Jardim de Infância.

Minha acomodação foi no próprio orfanato, o que de inicio foi bastante complicado para mim, pois eu nunca estive em um orfanato na minha vida e sem contar que era de origem muçulmana, o que tornava ainda mais intensa a minha experiência, totalmente o oposto da minha realidade. Ali, tinha tudo incluso no projeto, desde a acomodação, alimentação e o transporte.

Recebi todo o apoio dos demais membros da AIESEC UTM, que sempre estavam em contato comigo e sem contar que tive contato com os demais intercambistas Asiáticos e nenhum brasileiro, por incrível que pareça, eu era o único ocidental ali presente, e foi bom pois pude praticar muito o inglês.

Em termos de cultura tive de me adaptar ao dia-a-dia, como tirar os sapatos para entrar em casa e comer com as mãos (nada de talheres). Tinha folga do trabalho nos finais de semana e em feriados no qual pude viajar para outras cidades do país ou até mesmo para Cingapura, país ao lado. Todas as pessoas foram muito receptivas comigo seja no orfanato, na escola infantil ou inclusive mesmo na rua; seja em minha rotina de tomar ônibus, ir a um shopping e a outros lugares.

Ao fundo o Marina Bay Sands, o hotel que possui a maior piscina de borda infinita do mundo na cidade-estado de Cingapura
Ao fundo o Marina Bay Sands, o hotel que possui a maior piscina de borda infinita do mundo na cidade-estado de Cingapura

No período em que estive na Ásia, conheci diversas pessoas as quais marcaram minha vida e vou levar para sempre nossa amizade. Comemoramos o Natal juntos em Nova Deli, algo que nunca imaginei e também o Ano novo na Índia.

No ano de 2015 tive duas comemorações de Ano novo, sendo o segundo um pouco mais tarde na Malásia para comemorar o Chinese New Year, que foi um evento cheio de celebrações e várias apresentações.

Celebração do Ano Novo Chinês na cidade de George Town em Penang, Malásia
Celebração do Ano Novo Chinês na cidade de George Town em Penang, Malásia

Em termos de aprendizado foi uma experiência bem marcante que me agregou muito, tudo que planejei deu certo e tiro a realização desses dois intercâmbios como a maior conquista na minha vida.

Por Victor Verdú

Victor Souza Martins e Verdú é estudante de Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Goiás e apaixonado por viagens, países, praias, filmes de terror e ação. Não gosta de futebol, seus esportes favoritos são natação, pedalar ou fazer trilhas. Suas duas maiores conquistas ou realizações foram os dois intercâmbios que fez na Ásia. Um sonho: dar uma volta ao mundo ! Um medo: não conseguir conhecer todos os continentes!

Sobre Ju Mostardeiro

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5 Comentários

  1. Muito legal sua viagem. Conhecer novas culturas é sempre muito bom!

    • Olá Márcia,

      Tudo bem?

      Vou ver você por aqui 🙂

      Conhecer outras culturas é o maior investimento que você pode fazer na sua vida.

      Abraços.

      Juliana Mostardeiro
      Fundadora Aqui é Assim

  2. MILTON RUSCH

    Os balcões de turismo nos hotéis de NOVA DELI , posso confiar …. estamos indo para DELI em maio 2017. Se tiveres algum contato de brasileiros por lá se possivel me passe AGRADEÇO .. MILTON e FATIMA RUSCH.

    • Olá Milton

      Tudo bem?

      Infelizmente não tenho esta informação para passar. A dica é checar a reputação do hotéis de Deli para saber se os serviços que eles oferecem são bons. Se não houver nenhuma reclamação grave pode confiar nos balcões de turismo.

      Abraços

      Juliana Mostardeiro
      Fundadora Aqui é Assim

  3. MILTON RUSCH

    Olá, agradeço pela resposta, assim vou proceder…. abraços Milton R usch

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