Norwegian airlines
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Suécia: a terra do fika

No aeroporto, na chegada em Estocolmo, tive a primeira boa impressão. No vôo de Bergen, na Noruega, para lá, acabaram danificando a minha mala. Nada muito grave, mas minha mala era novinha e ficou muito amassada em uma das laterais. Por insistência da minha amiga, somada à falta de fila no balcão de reclamações da companhia (Norwegian airlines), resolvi reclamar.

Norwegian airlines
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Em menos de 10 minutos saí de lá com um mala novinha em folha – e, diga-se, mais bonita que minha mala antiga. O atendente ainda me perguntou se preferia o voucher para escolher em uma loja determinada em Estocolmo ou se preferia levar alguma mala do estoque deles. Quando vi as opções de malas que tinham lá mesmo, de vários tamanhos, acabei ficando com essa opção. Resolvido na hora, pouca burocracia, atendimento de primeira.

Para sair do aeroporto, após uma breve pausa para comer um sushi, pois estávamos com muita fome, fizemos o trajeto do trem bala da Arlanda Express, que não é a opção mais barata (cerca de R$ 90 o trecho), mas que leva a metade do tempo (20 minutos), se comparado com o ônibus.  Táxi, impensável.

Sushi fresco é boa opção em qualquer lugar da Suécia
Sushi fresco é boa opção em qualquer lugar da Suécia

Como viajei direito da Noruega para a Suécia – e tendemos a acreditar mais nas similaridades do que nas diferenças entre os países escandinavos – achei que não iria me impactar com qualquer tipo de mudança, exceto, como estava acompanhada de amigos suecos, de ótimos cicerones para passear por Estocolmo e arredores.

Grande engano. De cara, ao desembarcarmos no aeroporto, notei uma maior miscigenação em Estocolmo, se comparado com a Noruega. Além disso, impossível não reparar no viés fashion nas ruas suecas. Ao contrário da Noruega, onde todos parecem ter o mesmo estilo, os suecos tendem a inovar mais – no cabelo, nas maquiagens, no jeito mais despojado e antenado de se vestir. E por falar em moda, não tem como não lembrar da H&M, marca baratinha que vale a pena – a melhor loja que achei foi a H&M Gallerian.

Acho que o fato de terem servido de exemplo por muito tempo como o país mais influente da região, impactou diretamente no número de referências que temos da Suécia, em comparação com os outros países da região, tanto no ramo de design, quanto empresarial – vide conhecidas marcas como Volvo, Absolut, Ericsson, Ikea e Eletrolux – e até na música – ABBA, Ace of Base, The Cardigans – e Robyn, que descobri recentemente e adoro. Perfeita para escutar enquanto corre. E só para finalizar sobre as brands suecas, não tem como deixar de provar o chocolate Marabou. Im-per-dí-vel!

Suécia: vista de um ângulo diferente
Suécia: vista de um ângulo diferente

Os suecos parecem, a um primeiro impacto, mais reservados. Não demora muito, no entanto, para se soltarem. Além do apreço compartilhado com os demais escandinavos pelo ar livre e quaisquer atividades que envolvam um dia de sol, altamente valorizado em um país cuja temperatura pode chegar a atingir -20 graus Celsius, os suecos apreciam a qualidade de vida e as relações sociais, levando isso como um lema.

Pórtico de entrada de parque em frente ao Nordiska Museet
Pórtico de entrada de parque em frente ao Nordiska Museet

Tanto é verdade que desenvolveram um próprio conceito para o momento do dia em que param para tomar um cafezinho – podendo variar para um chá ou suco e quase sempre acompanhado de alguma guloseima doce, como o Kanelbulle (bolo de canela) ou alguma refeição leve, como o Smörgås (uma espécie de sanduíche aberto). Essa parte do dia, normalmente no meio da tarde, é chamado pelos suecos de “fika” e representa muito mais do que simplesmente fazer uma pausa. É um momento valorizado para se reunir com amigos e familiares para colocar o papo em dia e relaxar.

Momento do Fika, normalmente café acompanhado de algum doce sueco
Momento do Fika, normalmente café acompanhado de algum doce sueco

Leia sobre os passeios por Estocolmo, a Veneza do Norte, como é chamada bela a capital da Suécia.

Por Bibiana Camargo

Bibiana Camargo adora viajar e descobrir novos lugares e sabores. Trabalhou na Câmara dos Deputados em Brasília e atualmente mora em São Paulo, onde trabalha no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. É formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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