É possível aprender inglês em um país como Malásia, China, Índia, Egito?

Se essa for sua dúvida na hora de escolher um destino onde a língua nativa não é o inglês; a resposta é sim.

Não é necessário realizar um intercâmbio em países como EUA, Inglaterra ou Austrália para desenvolver bem o idioma, pois durante a experiência no exterior a língua utilizada será o inglês, tanto para se comunicar no ambiente de trabalho, quanto para se comunicar com amigos e pessoas que venha a conhecer.

O Alex, meu parceiro de blog, sempre me conta que desenvolveu muito mais o inglês durante o intercâmbio social que realizou no Egito, do que durante os meses em que estudou e trabalhou no Canadá, por exemplo. Mas isso é possível? Sim, claro. As circunstâncias para o desenvolvimento do idioma foram mais favoráveis em terras Egípcias. Assim, como conheço uma dúzia de casais que foram trabalhar na Inglaterra por um tempo e voltaram com inglês básico, pois interagiam somente entre entres, fazendo pouco contato com o povo local.

Placa em inglês em Kuala Lumpur
Placa em inglês em Kuala Lumpur

Mas não existem dificuldades no processo de aprendizado? Claro que existem.

No Brasil as escolas de idiomas trabalham com o inglês Americano e Britânico. Então quando você opta por um país, onde além do inglês não ser a língua oficial e muito menos o inglês Americano ou Britânico com o qual estamos acostumados, é óbvio que encontrará algumas dificuldades na comunicação.

Aqui na Malásia por exemplo, apesar de ser um país de colonização britânica; devido ao mix cultural leva um certo tempo para você se habituar com o inglês de sotaque malaio, indiano e chinês, e particularmente, o inglês dos Chineses é bem difícil de se entender. É a tal da barreira linguística, a dificuldade natural que todos temos ao entrar em contato direto com um novo idioma, somada as peculiaridades da língua falada no país, como por exemplo a diferença de acentos linguísticos.

Na Ilha de Langkawi a árvore das línguas
Na Ilha de Langkawi a árvore das línguas

Cheguei na Malásia em outubro do ano passado com um bom nível de inglês. No entanto, nos primeiros dias não entendi nada, absolutamente nada, do que me perguntavam. A comunicação foi difícil, mas não foi impossível. Com o passar dos meses o ouvido se habituou aos diferentes acentos e quatro meses depois entendo 100% do que escuto e consigo me comunicar super bem. Posso afirmar que o inglês evoluiu muito em poucos meses.

Outro ponto importante para aprender um novo idioma é fazer muito contato com o povo local, além de estrangeiros é claro; e tentar evitar o contato com brasileiros, pois inevitavelmente vocês irão falar em Português. No meu caso, sempre tive um amigo brasileiro ou outro vindo para a Malásia, o que dificultou um pouquinho no início, mas como vivo em uma cidade, que praticamente, só tem estrangeiros, essa dificuldade foi minimizada.

E a fluência? É possível obter um inglês fluente nesses países? A minha resposta para essa pergunta é: depende.

A fluência em um idioma requer o desenvolvimento de quatro competências: fala, escrita, leitura e escuta. Se você tem uma boa base gramatical e gosta de estudar, a resposta é sim. Do contrário desenvolverá muito bem as habilidades de fala e escuta, mas isso não vai garantir a fluência no idioma, pois assim como no português, o inglês também tem suas variáveis, suas diferenças da linguagem “de rua”, falada, para a linguagem gramaticalmente correta, que no dia a dia muitas vezes não é aplicada.

Sem gramática não vai
Sem gramática não vai

Você certamente já ouviu que o importante é a comunicação, certo? Então, comunicar-se bem é diferente de ter um inglês fluente, ou seja, as quatro competências bem desenvolvidas. Por exemplo, aqui na Malásia o inglês falado nem sempre é gramaticalmente correto e existem também os vícios de linguagem e as peculiaridades no modo com que cada povo aqui utiliza o idioma.

Mas vale a pena escolher um país onde o inglês não é a língua nativa? Sim, vale muito. Você tem a possibilidade de conhecer um novo país, mergulhar em uma nova cultura e de quebra desenvolver o seu inglês. E se você gosta de estudar, é possível voltar com um inglês excelente.

Por Juliana Paul Mostardeiro

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