Série: Mendoza – parte 1

Mendoza: como tudo começou?

Fazia tempo que eu não embarcava em uma aventura internacional e a oportunidade de ir para Mendoza, na Argentina, surgiu em função das Aulas Abertas Internacionais de Pa-Kua, que acontecem 1 vez ao ano e durante 2 dias reúne pessoas do mundo todo para a prática e o ensino de Pa-Kua.

Juntei minha paixão por viajar com a oportunidade de aprender Pa-Kua em outro país e, em dezembro de 2018, voei para solos Argentinos para explorar o que esta cidade, na fronteira com o Chile, tem de melhor para oferecer aos seus viajantes.

Bora conhecer Mendoza nesta série de posts do Aqui é Assim.

Avenida Las Heras em Mendoza

O planejamento

Nosso planejamento começou 6 meses antes das aulas abertas; quando eu e um grupo de amigos, praticantes de Pa-Kua, decidimos fazer a viagem.

A organização da hospedagem e das passagens áereas ficou por conta de uma das pessoas do grupo. E como em toda boa viagem não podem faltar perrengues, tivemos alguns até o dia do embarque como, por exemplo, a incerteza se o apartamento do AirBnb era bom e a alteração diversas vezes das datas e horários do nosso voo por parte da Latam.

Quanto aos passeios e lugares a explorar ficaram por minha conta e, no final de semana anterior ao voo, o planejamento estava devidamente pronto.

1º dia – a viagem até Mendoza e o erro da Latam

Minhas malas ficaram prontas uma semana antes da viagem. Gosto de planejamento e nunca deixo para arrumar as coisas em cima da hora, pois o risco de esquecer algo importante é alto; até porque o dia anterior ao embarque foi uma correria total para fechar tudo no trabalho e partir tranquila para bons 30 dias de descanso, sendo alguns em terras argentinas.

Tudo pronto! Hora de dormir, ou de pelos menos tentar. Nunca durmo bem antes de uma viagem, com receio de perder o horário.

Na manhã de 4 de dezembro de 2018, a caminho do aeroporto, fizemos uma parada no banco para sacar dinheiro, pegar um amigo e 30 minutos depois, pronto, chegamos no Aeroporto Internacional de Florianópolis para encontrar o grupo. Como o aeroporto era pequeno tudo ficou muito fácil. Nosso voo tinha apenas uma conexão em Santiago, no Chile, e depois Mendoza.

Grupo de amigos rumo a Mendoza

Partimos às 11h45 de Florianópolis em um voo de, aproximadamente, 4 horas. Sobrevoamos às Cordilheiras dos Andes e, pronto, descemos em solo Chileno. Passar pelas cordilheiras é a parte com a maior turbulência e também com a melhor vista de todo o voo. E mesmo que as nuvens não permitam ver as belas e grandiosas formações o tempo todo, quando avistamos é, definitivamente, de tirar o fôlego.

Cordilheira dos Andes vista da janela do avião

A espera do voo, que nos levaria a Mendoza, foi de 2h30 e nada nos restava a não ser se acostumar com o espanhol e observar a vida local. Devido a desvalorização frente ao real, foi interessante perceber o valor que as coisas recebiam. Tudo, absurdamente, numeroso. Um sanduíche custava 12 mil pesos, enquanto uma água não saía por menos de 5 mil. Um exercício de conversão entre moedas até a hora do próximo embarque 🙂

18h35h embarcamos para Mendoza e, em um voo de pouco mais de uma hora, já estávamos em nosso destino. Todo o processo para pegar as malas, passar na imigração, chamar um táxi e chegar ao hotel costuma ser lento; e como a Latam mudou nosso voo várias vezes, eles precisaram pagar uma hospedagem, já que fomos um dia antes, o que tornou esta parte ainda mais demorada.

Mas valeu a pena. Não sabíamos qual hotel seria e acabamos ficando em um 5 estrelas MARAVILHOSO, o InterContinental Mendoza. Aproveitamos cada minuto da hospedagem: o jantar por conta da Latam, a banheira de hidromassagem no quarto para relaxar, o delicioso café da manhã, além da piscina térmica na manhã seguinte. Afinal, estava de férias não é mesmo?

2º dia – O Centro Histórico da Cidade

Meio dia do dia 05, todos prontos. Chamamos 3 táxis para nos levar ao que seria a nossa moradia pelos próximos 6 dias. O antigo Hotel Reina Victoria, localizado na rua San Juan 1127, era charmoso e aconchegante. Ficamos em 3 apartamentos, cada um com 4 pessoas. Confortável, bem localizado e com um valor ótimo. Super recomendamos!

Devidamente instalados, a tarde saímos para caminhar e conhecer o centro histórico da cidade. Da Rua San Juan fomos em direção a primeira grande praça, a Plaza España. Em reforma, não conseguimos desfrutar deste espaço e seguimos então para a Plaza San Martín, onde se encontra também a Basílica de São Francisco de Assis.

Após inúmeros cliques, seguimos nosso passeio em direção a maior praça da cidade, a Plaza Independencia, que estava parcialmente em reforma, devido ao projeto de revitalização da cidade. Buscamos um lugar para sentar e, durante quase 1 hora aproveitamos, como os locais, a tranquilidade, a beleza, a calmaria que este tipo de espaço proporciona pra gente.

Mendoza é bastante famosa por suas praças, sendo as mais famosas as praças España, San Martín, Independencia, Chile e Itália. São espaços amplos e muito arborizados, como toda a cidade. Além disso, explorar os espaços que este pedaço de solo argentino oferece é muito fácil e tranquilo. Com um mapa de atrações na mão e algumas boas pernadas é possível conhecer a cidade inteira.

A arborizada Mendoza

Fizemos uma parada para um lanche rápido e seguimos em direção ao Bairro Cívico, onde ficam os edifícios governamentais. São eles:

  • Palácio da Justiça (Tribunal): é o único edifício, além da Casa de Governo, que terminou de ser construído seguindo o projeto original do arquiteto Belgrano Blanco na década de 1940.
  • Casa de Governo: primeiro edifício construído pelo sistema modular em Mendoza. No térreo está hasteada a bandeira do Exército da Libertação, vigiada por soldados do Regimento da Infantaria de Montanha 11 “General Las Heras” de Tupungato (o mais antigo Mendoza).
  • Terraço Jardim Mirador: localizado no edifício da prefeitura da capital, a uma altura de 30 metros, você tem uma excelente vista panorâmica da cidade oásis e da montanha. É aberto ao público e tem um visor que com alcance de 50 metros.
  • Centro de Congressos e Exposições “Governador Emilio Civit”:  é rodeado por parques e jardins, possui uma infra-estrutura versátil de três edifícios que se complementam e se reforçam mutuamente.
  • Enoteca das Artes: já foi a Escola Nacional de Vitivinicultura e também uma adega experimental. Desde 1995, funciona como sala de exposições temporárias do Centro de Congressos. No primeiro subsolo há uma exposição permanente de vinhos das principais adegas.
  • Parque Ecológico: fica a oeste do Bairro Cívico, se encontra este espaço verde, ambientado com esculturas e fontes de tamanhos diferentes. Os edifícios circundantes são: a Aduana, o Centro de Congressos e Exposições, a Enoteca das Artes.

Passamos pelo Palácio da justiça, Casa do Governo, Centro de Congressos, Enoteca da Artes, Parque Ecológico e o Terraço Jardim Mirador, nosso principal objetivo do dia.

Até encontrar o terraço levamos um certo tempo. Subimos até o último andar do Palácio da Justiça em busca da famosa vista 360º da cidade e depois de subir muitos, muitos, e muitos degraus e não encontrar nenhum terraço, descobrimos que era o prédio da frente.

Cansados, mas não sem energia, seguimos então para o Terraço Jardim Mirador. Dizem que, como Mendoza é toda plana, é possível ter uma visão 360º da cidade. Porém, o espaço estava fechado após um acidente e, mesmo insistindo, não conseguimos usufruir da maravilhosa vista panorâmica para fechar o nosso primeiro dia na cidade com chave de ouro.

Seguimos nossa caminhada, passamos na escola de Pa-Kua local e fomos então para a Avenida Las Heras, onde trocamos dinheiro, olhamos algumas lojas locais e paramos no Mercado Público para jantar, antes de retornarmos ao apartamento. Aproveitamos para passar em um mercado e comprar coisas para o café da manhã e lanche, como forma de diminuir os custos com alimentação.

Fechado o primeiro dia. Hora de planejar os próximos passeios pela cidade e descansar é claro!

No segundo post da série contamos mais um pouco mais sobre a cidade, alguns passeio que fizemos e nossa descoberta noturna na cidade.

Por Juliana Paul Mostardeiro

Juliana Paul Mostardeiro é a fundadora do Aqui é Assim, esse website que junta a paixão por viajar com a vontade de aproximar as pessoas deste fantástico mundo que é o de colocar uma mochila nas costas e sair por aí. Atualmente mora em Florianópolis onde trabalha também como Customer Success Coordinator na Resultados Digitais. Desenvolveu o projeto Jornalismo Cidadão: o voluntariado no aprendizado com à AIDS com pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria nos anos de 2007 e 2008 e foi gerente das Lojas Riachuelo de 2010 à 2013, ingressando na empresa através do Programa de Trainees. É formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.

Sobre Ju Mostardeiro

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